SIMAR/Loures: Trabalhadores do Lixo reivindicam Luvas de Proteção

Os trabalhadores dos SIMAR – Serviços Intermunicipais de Àguas e Residuos, neste mês de Julho estão a desenvolver ações de protesto reivindicando melhores condições de proteção individual para o trabalho, particularmente no caso dos trabalhadores da recolha do lixo.

Em causa estão as luvas de proteção que foram retiradas durante a pandemia para serem substituidas por outro tipo de luvas que são insuficientes para as condições de trabalho ao longo de todo o ano. Os trabalhadores reivindicam ter dois tipos de luvas consoante o trabalho e as condições atmosféricas, para poderem executar todos os trabalhos em segurança e simultâneamente não terem os problemas de saúde originados pelas únicas luvas que hoje lhes estão atribuídas.

Efectivamente as luvas que a Administração dos SIMAR mandou comprar para os trabalhadores, são luvas que não têm a necessária aderência aos apoios nas camionetas e já houve trabalhadores que caíram das camionetas de recolha do lixo, em andamento. Estas mesmas luvas, particularmente no tempo mais quente, provocam alergias e feridas nas mão dos trabalhadores, havendo mesmo casos de trabalhadores que tiveram graves infecções que os colocaram em situação de baixa médica.

Conforme refere um comunicado do MovimentoSimar (um movimento dos trabalhadores por fora dos sindicatos)  “(…) A reivindicação já tem anos, e a Administração andou aos ziguezagues mas nunca entregou luvas adequadas. Estas que temos, causam irritação de pele e feridas nas mãos, e quanto mais quente for o tempo pior. Para os trabalhadores que necessitam de luvas de proteção diariamente, o verão está aí e o nosso mau estar aumenta. ‘Estudos’ feitos à secretária e que não se testam no terreno, não valem. È preciso resolver o problema a estes trabalhadores “.

Também nos SIMAR, os Sindicatos (Sintap/UGT e Stal/CGTP) não corresponderam às necessidades dos trabalhadores e puzeram-se à margem desta luta que vem de uma genuina vontade da base trabalhadora que se está a auto-organizar.

Os trabalhadores estão a desenvolver esta luta que é de toda a justiça e o MAS, tem mostrado a sua solidariedade e apoio à luta. É na luta e mobilização concreta dos trabalhadores que se constroem os instrumentos e meios organizativos que podem permitir outro rumo, tão necessário, para a luta da nossa classe.

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