PELO FIM DOS PRIVILÉGIOS DOS POLÍTICOS

As suspeitas de envolvimento do ex-primeiro-ministro António Costa num esquema de corrupção que tiveram origem na chamada Operação Influencer  levaram a que o mesmo se demitisse, dando origem a eleições legislativas antecipadas. Nesta operação estão outros nomes envolvidos: João Galamba, Duarte Cordeiro, João Pedro Matos Fernandes, O chefe de gabinete de António Costa, Vítor Escária, o empresário  e amigo de Costa Diogo Lacerda Machado, entre outros.

Mas os casos de corrupção não se ficam por aqui. Lembremos o caso de Miguel Albuquerque. Miguel Albuquerque é arguido por suspeitas de corrupção, prevaricação e abuso de poder, numa alegada teia de favores entre membros do Governo Regional da Madeira (GRM), da Câmara do Funchal e empresários do grupo de construção AFA. Os ex-presidentes das Câmaras Municipais de Santo Tirso e de Barcelos, Joaquim Couto (PS) e Miguel Costa Gomes (PS), estão acusados pelo Ministério Público de corrupção, prevaricação e outros crimes económicos. A corrupção perpassa todas as cores políticas.

Com o recém eleito governo da AD, os casos de corrupção continuam a surgir. Temos o caso de Cristina Pinto Dias, atual secretária de Estado da Mobilidade, que escondeu do Tribunal Constitucional a indemnização de cerca de 80 mil euros que recebeu da CP em 2015. Falemos também do caso de Patrícia Dantas, ex-deputada do PSD, resignou ao cargo de adjunta do Ministério das Finanças esta quarta-feira, após ter sido noticiado que é arguida num megaprocesso sobre a Associação Industrial do Minho, “liquidada e encerrada” por ordem judicial em 2018. Há seis anos que o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) está a investigar o caso, tendo o julgamento começado em maio de 2022. Todas estas pessoas foram escolhidas para cargos governativos, não tendo sido dada nenhuma importância ao caso. Como é que alguém sendo deputada do nosso Parlamento suspende as funções de deputada um dia por semana para ir a sessões do tribunal? Há cada vez menos ética nos cargos governativos do nosso país. Quem é corrupto, é ainda recompensado por isso.

Para os políticos que nos têm governado e nos têm exigido tantos sacrifícios, deveriam ser eles os primeiros a dar o exemplo, ao invés de se aproveitar da sua posição para retirar daí benefícios e proveitos pessoais. Queremos justiça. A imparcialidade da Justiça é uma mentira total. O MAS segue firme na luta contra a impunidade de políticos e banqueiros, contra esta Justiça que é de quem a faz, os ricos e poderosos.

Pelo fim dos privilégios dos políticos!

Fim da prescrição para os crimes económicos!

Prender e confiscar os bens de quem roubou milhões ao país!

Queremos todos os nossos direitos de volta!

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