Nas últimas semanas, explodiram protestos universitários nos EUA contra o genocídio palestiniano. O espalhar destes protestos pelos outros Estados emergiu das grandes mobilizações de estudantes no campus da Universidade de Columbia, em Manhattan, onde centenas de manifestantes acamparam durante semanas exigindo que a universidade corte todas as relações com instituições académicas israelitas e deixe de financiar entidades e empresas que fazem negócios com o Estado sionista e lucram com o genocídio em Gaza.
Estes protestos fazem lembrar os protestos durante a Guerra do Vietname e os protestos no Maio Francês de 1968. Felizmente, as actuais manifestações nas universidades dos EUA que se espalharam a outros países do mundo como França, Alemanha, Canadá e Austrália, expressam uma geração de jovens que não está disposta a ficar de braços cruzados enquanto assiste ao genocídio televisionado de um povo, genocídio este iniciado com a criação do estado de Israel, em 1948,com todos os conflitos que aí ocorreram.
A repressão a estes estudantes não tardou. Centenas de estudantes têm sido presos, tendo já havido críticas à actuação violenta da polícia. Até aos dias de hoje, perto de 2.300 jovens já foram detidos nos protestos nos EUA. Muitas das autoridades afirmam que muitos destes são “estranhos” às universidades, que os protestos são anti-semitas. Mas há que lembrar o seguinte. Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, Israel é o país do mundo que mais recebeu, cumulativamente, recursos dos EUA. As relações militares Estados Unidos e Israel têm sido bastante estreitas, refletindo os interesses estratégicos (económicos) e de segurança (domínio sobre recursos petrolíferos naquela zona do globo) que compartilham, com bases americanas no território. Tudo eu nome dos interesses geoestratégicos dos EUA que continuam a defender Israel, a validar o genocídio do povo palestiniano, ao mesmo tempo que enviam ajuda militar e monetária à Ucrânia. O topo da hipocrisia.
Nas universidades portuguesas, saudamos o início de uma movimentação em Coimbra, Lisboa e Porto, que esperemos que se alastre. Só uma grande mobilização poderá obrigar ao corte das ligações institucionais e monetárias que suportam e financiam diretamente esta guerra e a morte de dezenas de milhares de crianças e demais população palestina.
Apelemos também à reintegração destes estudantes que foram detidos e à não penalização dos que participaram nestas acções!
Exigimos que os EUA ponham fim à ajuda militar a Israel!
Fortaleçamos a rebeldia desta juventude que se levanta contra o genocídio em Gaza!
Apelamos à solidariedade da juventude portuguesa e das universidades portuguesas!
Viva a luta pela liberdade do povo palestiniano! Parem o genocídio!
Portugal deve romper relações diplomáticas com o Estado de Israel!