Os governos reacionários, racistas e xenófobos de Itália, Hungria e Polónia ganharam os restantes Estados da UE para as suas posições, sobre a migração de refugiados. O acordo alcançado prevê restringir os movimentos de migrantes dentro do espaço comunitário e o endurecimento do controlo das fronteiras externas da UE, bem como o fim das quotas migratórias e o aumento do financiamento destinado à Turquia, Marrocos e outros países do Norte de África para impedir a migração para a Europa.
Na verdade, significa transformar, ainda mais, a UE numa fortaleza, com muros e barreiras que impeçam a chegada à Europa de seres humanos que fogem da guerra, da perseguição política e da miséria, tal qual a política de Trump para com as famílias e crianças mexicanas. Esta é a verdadeira face da UE, branda com banqueiros e dura com seres humanos que apenas procuram uma vida digna.
É também lamentável que o primeiro-ministro, António Costa, tenha assinado este acordo da vergonha. Para consumo interno o Governo PS diz que Portugal está disponível para receber refugiados, mas depois na prática, assina um acordo que os rejeita. O Governo português é cúmplice neste atentado aos elementos mais básicos dos direitos humanos.
Não ao acordo da vergonha!
Nenhuma vida é ilegal!
Por um Europa sem muros nem austeridade!