Até sempre, camarada Didi!

É com muita tristeza que comunicamos o falecimento do companheiro Dirceu “Didi” Travesso, militante e dirigente do PSTU (partido irmão do MAS no Brasil), na manhã desta terça-feira, 16 de setembro.

Um camarada que dedicou toda sua vida à causa dos trabalhadores, à luta pela revolução socialista no Brasil e em todo mundo. Um camarada de luta de todos os dias, que já está fazendo falta e de quem sentiremos saudades imensas.
Ato de homenagem, hoje 16 de setembro, ás 19 horas, no sindicato dos bancários de São Paulo.

Declaração da Direção Nacional do PSTU

Hoje o PSTU e a LIT-CI estão de luto. É com muita tristeza que comunicamos o falecimento do companheiro Dirceu Travesso, o Didi, na manhã desta terça-feira do dia 16 de setembro. Um camarada que dedicou toda sua vida à causa dos trabalhadores, à luta pela revolução socialista no Brasil e em todo mundo. Um camarada de luta de todos os dias, que já está fazendo falta e de quem sentiremos uma saudade imensa.

Didi nasceu em 24 de fevereiro de 1959, na cidade de Flórida Paulista/SP.   No final da década de 70 começou sua militância política na Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR) na luta contra a ditadura militar e em apoio à luta dos trabalhadores, que começavam a protagonizar greves massivas e generalizadas. 

Logo começou a trabalhar. Primeiro trabalhou na Companhia Siderúrgica Nacional de Volta Redonda, posteriormente veio para São Paulo e começou a trabalhar como bancário no Itaú, enquanto dava seguimento aos seus estudos.

Um pouco mais tarde entrou através de concurso público no banco Nossa Caixa.  Em pouco tempo tornou-se uma das lideranças nas greves dos bancários e foi diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo por três gestões. Membro da organização Convergência Socialista ajudou a fundar o PT. Participou da fundação da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e fez parte de sua Executiva Nacional durante alguns anos.

Em 1994 rompeu com o PT, quando do Fora Collor e da expulsão da Convergência Socialista, e participou ativamente da fundação e construção do PSTU, fazendo parte de sua Direção Nacional. Em 2004 quando a CUT apoiou a Reforma da Previdência realizada sob o governo Lula, Dirceu junto com inúmeros sindicalistas, rompe com esta Central e organiza a CONLUTAS.

Como membro da CSP-CONLUTAS e do PSTU, Didi foi um lutador incansável. É raro encontrar um ativista ou militante de São Paulo que não conheça Dirceu Travesso. Conhecido em todo o Brasil, sua atuação atravessava as fronteiras. Internacionalista, atuante em favor da causa palestina, pela retirada das tropas brasileiras do Haiti, em apoio às revoluções do Oriente Médio e Norte da África, Didi buscava a unidade da classe trabalhadora em todo o mundo. Por isto, foi um dos impulsionadores principais da criação da Rede Solidariedade Internacional.

Revolucionário convicto, Didi reivindicava-se marxista, leninista e trotskysta e confiava na luta da classe operária e de toda classe trabalhadora. Por isso, nestes anos em que muitos abandonaram a luta pelo socialismo e fizeram todo tipo de alianças espúrias com a classe dominante, Didi manteve-se sempre firme e do mesmo lado, o lado da classe trabalhadora contra a burguesia, o lado da independência de classe, o lado do internacionalismo proletário, o lado da revolução socialista.

Com esta convicção construía o PSTU, a Liga Internacional dos Trabalhadores, a CSP-Conlutas e a Rede Solidariedade Internacional.

Didi enfrentava um câncer há cinco anos. Resistiu bravamente contra a doença durante esses anos todos sem deixar, um só momento, de fazer a sua parte na luta contra o capitalismo, contra toda a injustiça e a desigualdade que caracteriza esta sociedade em que vivemos. Agora, exauriram-se suas forças. Vai caber a nós dar conta de levar adiante esta luta à qual dedicou toda a sua vida.

Àqueles que quiserem ou puderem homenagear uma última vez este guerreiro das causas da classe trabalhadora brasileira, informamos que seu velório acontecerá a partir do meio da tarde de hoje (16/09) na Quadra do Sindicato dos Bancários de São Paulo, na rua Tabatinguera, no centro de São Paulo.
Às 20 hs será realizada uma solenidade política em sua homenagem.Seu corpo será cremado amanhã (17/09), as 10 hs, no Cemitério da Vila Alpina, São Paulo.

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