As centrais sindicais brasileiras (CSP Conlutas, CUT, Força Sindical, NCST, UGT, CTB e CGTB) vão organizar no dia 14 de Novembro um ato unificado em solidariedade aos trabalhadores europeus. O ato será realizado às 11h30, em frente ao Consulado Geral da Espanha, em São Paulo.
Reproduzimos, a seguir, a convocatória da CSP Conlutas para a participação no ato unitário e a carta das sete centrais dirigidas ao presidente Cavaco Silva e ao primeiro-ministro do Estado Espanhol, Mariano Rajoy :
Convocatória da CSP Conlutas:
“Todo apoio à greve geral em Espanha, Portugal e Grécia e mobilizações na Europa!
Viva a unidade dos trabalhadores contra os ataques do capital!
No próximo dia 14 os trabalhadores europeus dão um importante passo na luta contra os ataques que vêm sofrendo em consequência da crise económica imperialista.
Espanha, Portugal e Grécia farão Greve Geral, enquanto em vários outros países ocorrerão manifestações e paralisações parciais.
Esse é o caminho. Contra os ataques arquitetados de maneira unificada e conjunta dos governos europeus e do imperialismo só nossa unidade de classe para construir a única saída que nos interessa para essa crise. Que os ricos, banqueiros e grandes empresários, paguem pela crise.
Em São Paulo, as sete centrais sindicais brasileiras estarão realizando um ato de apoio às Greves Gerais e mobilizações que ocorrerão este dia na Europa. O local escolhido, como gesto simbólico, é o Consulado da Espanha em São Paulo.
Neste dia será encaminhada uma carta, assinada pelas sete Centrais Sindicais, para os presidentes de Espanha, Grécia e Portugal.
Convidamos a todos e todas que defendem a unidade dos trabalhadores contra os ataques do capital e seus governos a nos somarmos nesta manifestação.”
Carta dirigida ao presidente Cavaco Silva e ao primeiro-ministro espanhol Mariano Rajoy pelas sete centrais sindicais:
“As centrais sindicais brasileiras: CGTB, CSP Conlutas, CTB, CUT, Força Sindical, NCST e UGT, através da presente, manifestam em nome dos trabalhadores e trabalhadoras que representamos a nossa profunda preocupação pelas circunstâncias que levaram os sindicatos portugueses, gregos e os espanhóis a convocarem uma greve geral no dia 14 de novembro.
As conseqüências das políticas de austeridade têm sido devastadoras para a classe trabalhadora de alguns países da Europa, entre eles Portugal. Durante a recente cúpula do FMI realizada em Tóquio, representantes até mesmo desse organismo questionaram a eficácia das rígidas políticas de austeridade implementadas em vários países. A injustiça e a ineficácia dessas medidas têm sido denunciadas constantemente pelos sindicatos.
As medidas adotadas pelo governo que Vossa Excelência dirige são claramente antieconômicas e antissociais. Portugal ultrapassa os 15% de desempregados e fomos informados que o Vosso governo pretende aumentar o tempo de trabalho gratuitamente, cortar os salários e os subsídios de férias e de natal, desregulamentar os horários de trabalho e introduzir o banco de horas e novas formas de adaptabilidade para fomentar o agravamento do desemprego e da precariedade dos vínculos laborais.
As consequências de políticas como essas para os trabalhadores e trabalhadoras portugueses e as suas famílias são brutais: empobrecimento generalizado; regressão drástica das condições de vida dos portugueses/as; perda da qualidade e da esperança média de vida.
Neste contexto, as trabalhadoras e trabalhadores brasileiros apoiam as greves gerais convocadas em Portugal, na Espanha e na Grécia bem como as mobilizações nos demais países europeus e as reivindicações dos trabalhadores/as contra os cortes, retirada de direitos e em defesa do emprego e suas conquistas.”
Assinam: CSP Conlutas, CUT, Força Sindical, NCST, UGT, CTB e CGTB