Continua desaparecida militante da LIT no Equador

No dia 28 de abril, desapareceu a companheira do Partido Socialista dos Trabalhadores da Colômbia, Carolina Garzón, na cidade de Quito, Equador. O PST é a secção colombiana da Liga Internacional dos Trabalhadores – Quarta Internacional (LIT-QI), partido irmão do MAS.

Carolina Stephany Garzón Ardila, de nacionalidade colombiana, tem 22 anos de idade e é uma genuína representante da juventude indignada e rebelde colombiana. De família pobre, entrou na política através da luta estudantil contra os cortes na educação em 2007, quando os estudants do secundário de Bogotá ocuparam cerca de 100 escolas durante mais de uma semana.

Mais tarde, inscreveu-se no Serviço Nacional de Aprendizagem, para aprender serigrafia, onde participou na criação do Comité Estudantil, um instrumento importante na defesa da chamada “universidade dos pobres”, local de formação de várias gerações de operários qualificados do país. A seguir, e com o objetivo de construir uma organização estudantil democrática, baseada nos métodos das organizações operárias, Carolina foi promotora do Sindicato Estudantil.

Logo após entrar na Universidade Distrital Francisco José de Caldas, em Bogotá, ela integrou a luta estudantil que, no ano passado, obrigou o governo de Santos a retirar o reacionário projeto de reforma da Lei 30. Durante esta mobilização, liderou a construção da corrente Unidade Estudantil. Além disso, coordenou o jornal dessa corrente e participou ativamente nos encontros estudantis, quando defendeu métodos democráticos de deliberação, destacando-se pela sua clareza na denúncia dos planos reacionários do governo e dos comportamentos burocráticos ou sectários no interior da Mesa Ampla Nacional Estudantil.

Carolina trabalha como jornalista do jornal El Macarenazo, da Universidade Distrital, e é militante e dirigente do PST. No dia de seu desaparecimento, disse a seus companheiros que iria visitar o Museu de Arte Contemporânea em Quito e saiu deixando todos os seus pertences em casa (carteira, documentos, câmara fotográfica, caderno de anotações e bolsa).

Durante a sua estadia em Quito, junto com outros jovens, realizou viagens a cidades como Ambato, Baños e Riobamba. Para sustentar-se, vendia artesanato e chocolate em várias zonas da cidade, especialmente na Pontifícia Universidade Católica do Equador, e, às quintas, sextas e sábados, participava em apresentações de teatro de rua na Rua La Ronda.

Desde o dia 1º de maio, quando os companheiros de Carolina avisaram a sua família e o PST de seu desaparecimento, deu-se início a uma série de atividades, tanto em Bogotá como em Quito, com o objetivo de conseguir encontrá-la com vida. Dois familiares deslocaram-se imediatamente para Quito e iniciaram as buscas e os contactos com as autoridades equatorianas, com o apoio de amigos de Carolina e do Movimento ao Socialismo, secção da LIT no Equador.

Duas frentes de trabalho foram abertas em conjunto com os familiares: difusão da notícia através dos meios de comunicação e das redes sociais; gestão junto às instituições estatais da Colômbia e do Equador exigindo o cumprimento dos trabalhos de busca e ações de solidariedade.

No dia 10 de junho, um grupo de familiares, amigos e membros de organizações políticas e sociais fizeram um Plantão pelo reaparecimento de Carolina Garzón na entrada do Estádio Olímpico Atahualpa de Quito (foto) durante um jogo entre as seleções de Colômbia e Equador das eliminatórias do Campeonato Mundial de Futebol.

Mais de 40 mil panfletos foram entregues aos assistentes do jogo. O objetivo da ação foi denunciar que depois de sete semanas do desaparecimento de Carolina ainda não se tem uma informação da Fiscalía General.

Saiba como ajudar:

Pedimos a solidariedade de todos os militantes de esquerda, trabalhadores e jovens para que encontremos nossa companheira. Pedimos que enviem e-mails à Embaixada da Colômbia em Quito, pedindo que atuem no caso, através dos endereços:

Maria.Holguin@cancilleria.gov.co

Maria.Salas@cancilleria.gov.co

equito@cancilleria.gov.co

Com cópia para:

waltergarzon55@gmail.com

Informações nos seguintes telefones:

Colômbia

Walter Garzón (57) 312 5750215

Irene Restrepo Ardila (57) 300 6605709

Equador
Flor Ardila (593) 94889399
Miguel Merino (593) 84384623

Mais informações em: http://www.litci.org/inicio/newspaises/colombia/3167-juntos-podemos-encontrar-a-carolina

 

 

 

 

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