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Pirataria terrorista em águas internacionais – a barbaridade sionista não tem limites

flotilla_imagemNa madrugada de segunda-feira, dia 31 de Maio, um barco carregado de ajuda humanitária destinado a Gaza, foi violentamente abordado por um comando do exército israelita provocando um banho de sangue entre os passageiros. Os balanços ainda são provisórios mas apontam para algures entre 10 e 20 mortos e um número indeterminado de feridos.

O destino, a Faixa de Gaza, é um território que sofre desde há 3 anos com um bloqueio asfixiante que apenas permite a entrada a conta-gotas de uma reduzida quantidade de bens essenciais, bastante inferior às necessidades daquela população. A “flotilha da liberdade” em questão tinha como objectivo precisamente uma acção de solidariedade para produzir algum alívio à situação desesperada causada pelo bloqueio, carregando materiais como medicamentos, cimento ou cadeiras-de-rodas.

O governo israelita, no estilo cínico a que nos tem habituado, afirma que este ataque brutal levado a cabo pelas suas tropas de assalto se justificou por os barcos trazerem perigosos terroristas e estarem carregados de armas. O barco e a sua carga foram inspecionados por polícias turcos antes de partirem e das 700 pessoas que iam a bordo incluíam-se deputados dos parlamentos alemão e irlandês, um judeu sobrevivente do holocausto nazi, dezenas de jornalistas e centenas de activistas internacionais. Diz ainda, com a cara de pau de quem traz no currículo genocídio, apartheid e limpeza étnica, que os comandos dispararam porque foram atacados pelos passageiros do barco assim que se deu a abordagem. Primeiro ponto, a abordagem deu-se em águas internacionais, a 65 km da costa, o que consiste segundo todas as definições, num acto de pirataria. Logo, tal como numa casa assaltada não é surpresa os residentes tentarem repelir os assaltantes, também a resistência a esta abordagem não o é. Em segundo lugar, trata-se de um barco repleto de civis desarmados atacado por uma unidade de comandos armados de armas automáticas com capacidade de fogo real. E de facto, por muito que os passageiros do barco tenham ripostado, não há vítimas entre os militares israelitas.

Pelo mundo fora, manifestações populares expressaram o seu repúdio a mais este acto da barbárie sionista. Em Lisboa, largas dezenas de pessoas concentraram-se na segunda-feira à tarde em frente à embaixada israelita num protesto a que aderiram várias organizações incluindo o Bloco de Esquerda e o PCP.

É preciso, à semelhança do que aconteceu em Espanha, na Suécia e noutros países europeus, que se convoque o embaixador de Israel em Portugal para apresentar explicações sobre este acto de pirataria e homicídio. Tal como é necessário fortalecer a campanha para forçar a EPAL a quebrar o seu acordo com a Mekorot, empresa pública de águas israelita especializada no roubo de água nos territórios ocupados.

Os acontecimentos vêem provar uma vez mais que não pode haver business as usual com Israel, e que este estado tem que ser boicotado e isolado com toda a firmeza.

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