eurovisao_2018

Breve nota sobre a vitória de Israel no Eurovisão 2018


Israel, enquanto ganhava o Festival da Eurovisão 2018, bombardeou a Faixa de Gaza incessantemente.

Netta Barzilai, a artista isrealita que representou o país na Eurovisão, contribui para lavar a imagem de Israel. Descrita como a cara do movimento “MeToo”, de denúncia do assédio e violência contra as mulheres, Netta surfa a onda das liberdades, da aceitação e da inclusão – aceitem as diferenças e a diversidade, disse ela. Porém, a justiça social que a música supostamente reivindica…não chegou à Palestina. Para ser coerente, a artista israelita devia exigir liberdade, aceitação e inclusão do povo palestiniano.

O próprio estado de Israel, em muitas outras vertentes, leva a cabo um grande movimento de “pink washing”, que transmite uma imagem de Israel como um país moderno que aceita todas e todos, especialmente a comunidade LGBTQI+. É claramente mais uma manobra de lavagem da imagem.

Não vale fazer-se passar por um país LGBTQI+ friendly, com ares de modernidade, ocidentalizado e com supostas intenções de inclusão, quando do outro lado do muro assassina o povo palestiniano, já lá vão 70 anos. Não deixa de ser um estado colonialista, militarizado, agressivo e opressor, um dos principais aliados da administração Trump no mundo.

Iremos todas/os assistir a mais uma campanha de marketing do estado de Israel para o próximo ano, na Eurovisão, sobre as supostas maravilhas do país, do regime e das capacidades de aceitar e incluir. Destino de sonho para muitas LGBTs, pelas liberdades que são dadas, embora só em certas e determinadas zonas “turísticas”, como Tel Aviv…

Mas não esqueçamos que as mãos de Israel estão manchada de sangue e não podemos ser coniventes.

Boicote à Eurovisão 2019! Que os nossos países se recusem a alimentar e propagandear Israel!

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