SOLIDARIEDADE COM OS BANCÁRIOS

Não há trabalhadores a mais, sobra é trabalho!

A banca portuguesa, contaminada pela gestão danosa, tem sobrevivido à custa dos milhares de milhões de euros sacados aos contribuintes pelos governos do PS e do PSD na última década. Apesar disso, alguns bancos não deixaram de apresentar lucros, não só à custa dos sacrifícios dos contribuintes, mas sobretudo à custa do trabalho intenso e mal pago dos trabalhadores bancários. O horário das 7 horas por dia e 35 horas semanais a que o contrato colectivo obriga é, desde há muitos anos, uma miragem. Os bancários fazem milhões de horas extraordinárias e a maioria delas não são pagas. Daqui resulta uma grossa fatia nos lucros da banca – uma ilegalidade a que os governos, em cumplicidade, têm fechado os olhos, com prejuízo das próprias contas do Estado, quer no âmbito das Finanças, quer no âmbito da Segurança Social.

NÃO HÁ TRABALHADORES A MAIS NA BANCA, SÓ HÁ TRABALHO DE SOBRA!!

Mesmo assim, os banqueiros enveredaram pelo caminho dos despedimentos, afrontando com violência moral e laboral grande número de bancários, sem ter em conta as inúmeras horas de trabalho obrigados a dar às instituições, sem ter em conta a situação familiar e nem sequer considerando as situações de doenças graves. Despedir, despedir é o lema daqueles que se dizem banqueiros com “responsabilidade social” e “familiarmente responsáveis”.
Descaradamente, porém, estes banqueiros estão a contratar centenas de trabalhadores para as suas empresas de outsourcing, onde já milhares de trabalhadores executam tarefas bancárias. Isto para pagar menos e sem direitos sindicais.

Solidariedade com os bancários

PARAR OS DESPEDIMENTOS NA BANCA, NA TAP, NA GROUNDFORCE, NA EFACEC, NA ALTICE, NA GALP

Só com a luta dos trabalhadores, só através do combate anti-capitalista poderemos parar os despedimentos. Os lucros não têm de subir em espiral – enquanto isso, os trabalhadores empobrecem, perdem direitos, perdem postos de trabalho. São duras e violentas as medidas do patronato. Só adoptando formas de luta de elevada resistência, poderemos parar os despedimentos, exigir horários dignos e trabalho para todos.

Os trabalhadores não podem ficar isolados. Atacam-nos a todos de uma vez, temos de resistir todos juntos, preparando as greves e outras formas de luta, contra a ganância patronal aliada à irresponsabilidade do Governo perante o flagelo dos despedimentos.

A unidade que está presente nesta manifestação, com todos os sindicatos bancários e Comissões de Trabalhadores (CT) não pode ficar por aqui. A continuidade é uma exigência óbvia! As CT do Santander Totta e do MillenniumBCP e os sindicatos devem prosseguir na mobilização, nomeadamente trabalhando na construção duma greve na Banca com particular incidência nos bancos mais atacados, sempre apelando à unidade de todo o movimento sindical.

TODO O NOSSO APOIO ÀS LUTAS

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