HÁ DINHEIRO PARA A BANCA E NÃO HÁ PARA OS TRANSPORTES!
TRANSPORTES LOTADOS CONTAMINAM!
Saltam surtos de Covid19 em locais de trabalho todos os dias e, todos os dias, dezenas de milhares de trabalhadores vêem-se obrigados a viajar em transportes completamente lotados.
Anos e anos de desinvestimento em transportes públicos começam a trazer consequências, seja porque não conseguimos gerir a mobilidade em tempos de pandemia, seja porque se mantêm as cidades subjugadas ao transporte individual, seja porque continuamos a destuir o ambiente e contribuindo para as alterações climáticas, seja porque se impossibilita aos trabalhadores terem tempo para a família e o descanso obrigando-os a horas e horas nas deslocações para o trabalho.
Os sucessivos governos condenaram o país ao subdesenvolvimento em matéria de mobilidade. Não há país desenvolvido no mundo em que a rede de transportes públicos não seja uma prioridade e necessidade para o bem estar das populações.
Por exemplo, na Grande Lisboa, o Metro teima em não chegar a Loures, promessa que já tem anos. A estação do Metro de Arroios tem as obras de remodelação paradas há anos. As composições estão envelhecidas e com falta de manutenção. Os caminhos-de-ferro portugueses estão ao abandono. Os barcos, que diariamente fazem a travessia do Tejo, continuam apinhados. O funcionamento dos autocarros da Carris, sofreu recentemente algum investimento, mas continua uma desgraça. Os tempos de espera são absurdos. A qualidade e segurança dos transportes não estão asseguradas. As condições de trabalho das empresas de transportes são, sem exagero, desumanas. Para utilizar o Passe único continua a ser preciso, sem dúvida alguma, transportes coletivos, públicos e de qualidade!
Fontes: