As jogadoras de futebol do movimento “Futebol sem Género” responderam a uma decisão da Federação Portuguesa de Futebol (“FPF”), que decidiu estabelecer um limite salarial no futebol, mas apenas para o futebol feminino.
Segundo a FPF, este limite salarial pretende ir ao encontro das “circunstâncias excecionais decorrentes da pandemia de Covid-19”.
Nesse regulamento da FPF é “estabelecido o limite máximo de 550 mil euros ilíquidos para a massa salarial das jogadoras inscritas na temporada 2020/21” na liga BPI e “entende-se por massa salarial do plantel a soma dos salários e/ou subsídios declarados no contrato de cada jogadora”.
Na sua resposta, as atletas do movimento “Futebol sem Género” afirmam: “e é perante esta determinação que, as aqui requerentes, se têm de opor veementemente, fazendo-o não apenas porque são interessadas, mas sobretudo porque tal medida é, avassaladoramente, violadora dos seus direitos individuais enquanto jogadoras de futebol, tutelados pela Lei, mas, sobretudo, violadora dos direitos humanos protegidos ao nível nacional e internacional”.
De igual forma se lamenta que o sindicato do sector se tenha mantido impávido perante esta situação.
O MAS está totalmente solidário com as jogadoras de futebol e repudia profundamente uma medida vergonhosamente atentatória do direito à igualdade, perpetuando a discriminação sexista nos salários auferidos em relação aos congéneres masculinos.
A FPF viola o princípio elementar da igualdade de género sem pejo, tristemente espelhada da nossa sociedade onde a mulher continua a ser mais mal paga pelo simples facto de ser mulher.
Força Jogadoras!
Referências: