faixa_mas_europeias_fb

Duas razões para votar MAS, nestas eleições europeias!

Editorial – 24 de Maio de 2019

 

 

1 – A actual UE não serve os interesses de quem vive do seu trabalho

A UE, as suas instituições e mecanismos, confrontam-nos com duas alternativas: ou (i) a UE da austeridade de Merkel e Macron; ou, (ii) pior, a UE dos muros e nacionalismo da extrema-direita de Salvini, Le Pen ou Órban, acólitos de Trump ou Putin, conforme os interesses de circunstância. António Costa vai tentado exportar a Geringonça para o plano europeu, mascarando a austeridade de impostos indirectos, enquanto vai perpetuando a precariedade, o trabalho sem direitos e os salários de miséria, sobretudo entre mulheres, negros, imigrantes e as LGBT.

Somos da opinião que é precisamente da política seguida pela UE, da qual o actual Governo português é partidário, que está origem da actual crise económica, das atuais crises ambientais e humanitárias, despoletando o crescimento da extrema-direita.

É neste sentido que é preciso construir uma Europa alternativa. Uma Europa anticapitalista que defenda o emprego com direitos e invista nos serviços públicos, acessíveis a todas e todos, solidária entre os povos e ambientalmente sustentável.

2 – Que projecto alternativo para a Europa?

A esquerda europeia, com peso parlamentar, acomodou-se a tal ponto que acabou absorvida pelas instituições e políticas da UE. A sua oposição é muitas vezes retórica, acabando por não conseguir fazer gerar um movimento internacional em torno de uma alternativa para a Europa. Veja-se o Syriza, cujo governo, mesmo depois de um referendo popular que impedia a emprego de mais austeridade, acabou a aplicar as doses de austeridade determinadas pela UE e BCE. Veja-se o Podemos, ansioso por governar com o desgastado PSOE. Veja-se BE e PCP que nos últimos anos ajudaram o PS a aprovar 4 Orçamentos do Estado nacionais, essencialmente alinhados com os interesses das elites de grandes empresários e banqueiros europeus. O dinheiro que falta para o investimento público e trabalho com direitos tem sido constantemente canalizado para salvar a banca, aos milhares de milhões de euros.

Consideramos que uma verdadeira alternativa à esquerda precisa romper com a orientação e política da UE e abraçar a construção de um novo projecto internacional europeu. Um projecto que rompa com os privilégios das elites e com a acomodação da esquerda parlamentar. Um projecto anticapitalista que garanta direitos iguais às mulheres, negros, imigrantes e LGBT. É por isso que defendemos um salário mínimo europeu de €900, o fim das Empresas de Trabalho Temporário ou uma jornada de trabalho semanal europeu de 35 horas, no público e privado. Estas medidas permitirão atingirmos o pleno emprego, com salários mais dignos para todos e todas. Um projecto comprometido com o combate às alterações climáticas, que lute pela nacionalização das grandes indústrias petrolíferas, automóvel e sector financeiro como forma de canalizar os seus recursos para a criação de empregos ambientalmente sustentáveis, transformando a economia baseada no lucro. Um projecto determinado em juntar esforços para combater a extrema-direita e a violência racista, machista e LGBTfóbica.

Por uma Europa sem muros, nem austeridade, no próximo dia 26 de Maio, VOTA MAS!

Anterior

Crise política: Perigo, “níveis tóxicos de hipocrisia política”!

Próximo

Transportes – Saúde – Habitação: combater os interesses privados, investir nos serviços públicos!