No passado Sábado, dia 9 de Março, o MAS deu o arranque à sua candidatura para as eleições europeias, através da apresentação do seu cabeça-de-lista, Vasco Santos, em Lisboa.
O Vasco Santos será uma novidade na campanha eleitoral pelo que é e pelo que representa. O nosso cabeça de lista é assistente operacional, há 25 anos, no Hospital de Barcelos, recebe o salário mínimo e é do Norte do país. Será um rosto que irá dar voz aos trabalhadores, mulheres, negros, LGBTs e jovens. Uma voz anti-capitalista em defesa da maioria da população contra as elites que nos têm governado!
Em Portugal, a Geringonça acaba de anunciar aquilo que pretendemos combater: injeção de mais €1,1 mil milhões públicos na banca para salvar a sua administração privada. Na UE, o exemplo é o mesmo: acaba de ser aprovado um novo programa de financiamento à banca europeia. Este tipo de medidas junta-se aos “paraísos” offshore, assim como aos benefícios, aos privilégios e às “borlas fiscais” que são concedidas ao sector financeiro e às grandes empresas, em geral, por toda a Europa.
Enquanto isso, professores, enfermeiros, assistentes operacionais, estivadores, operários e um longo etc., um pouco por toda a Europa, continuam reféns da sua precariedade, dos direitos sonegados, dos salários miseráveis, debaixo de uma carga fiscal gigantesca. Esta é uma situação que se agrava se falarmos de mulheres, negros, imigrantes ou LGBTs.
Basta! Não precisamos desta UE. Precisamos, sim, de um projecto europeu determinado em combater os privilégios das elites como forma de defender os direitos laborais e democráticos de quem vive do seu trabalho; empenhado na defesa e controlo público dos sectores estratégicos, nomeadamente da banca; decidido a defender direitos iguais entre mulheres e homens, entre negros e brancos, entre hetero e LGBTs; resoluto no combate ao ascenso da extrema-direita; e convicto da necessidade de solucionar o desafio deste século: uma total transição energética até 2035, com a criação de milhares de postos de trabalho durante o processo.
Esta solução não virá da direita nem da extrema-direita conservadoras e negacionistas de muitos destes problemas sociais. Só através da mobilização da maioria será possível construir um sistema diferente do actual capitalismo. Por uma Europa sem muros, nem austeridade!