A subida da extrema-direita um pouco por toda a Europa, as vitórias de Trump, Duterte e Bolsonaro são prova cabal da disseminação das ideias racistas, xenófobas, misóginas e homofóbicas um pouco por toda a parte. A propagação destas ideias repulsivas devem ter resposta. É necessária uma frente única com todas as organizações de trabalhadores e movimentos sociais de maneira a fazer frente ao crescimento da extrema direita.
A Frente Unitária Antifascista (FUA), foi criada no dia 18 de Novembro, em Braga, com a participação de activistas independentes que partilham ideias anti-racistas, feministas e LGBT. Activistas da UMAR, SOS RACISMO, BFA, núcleos Antifascistas do norte do país, sindicalistas do SFPN e do STCC e o Movimento Alternativa Socialista juntaram-se para combater a subida da extrema-direita. Este é um exemplo que se deve alargar ao país e à Europa. Seria criminoso assistirmos ao crescimento da extrema direita e ficarmos de braços cruzados.
No 1º dezembro realizamos a primeira acção pública da FUA – “A Rua é do povo”, em Braga. Juntamo-nos para celebrar a democracia e a liberdade. Houve intervenções de vários activistas, música e um concerto. Contamos com a importante presença de activistas da FIBRA (Frente de Imigrantes Brasileiros Antifascistas) que anunciaram a entrada da organização na FUA.
Lamentamos que o BE e o PCP não tenham mobilizado para a concentração. Estes dois partidos são fundamentais para que se desenvolva uma frente única antifascista. A consciencialização e mobilização dos trabalhadores é crucial. A necessidade de dizimarmos a falaciosa narrativa da direita mais reaccionária, obriga a esquerda a unir-se. O facto de em Portugal ainda não se expressar da mesma forma, não nos iliba de nada. Mas a nossa esquerda só se une para segurar o Governo e fortalecer o PS. Um governo que como se viu, mais uma vez, em Setúbal, está de corpo e alma com o patronato. Mesmo quando o que está em causa é o direito elementar a um contrato de trabalho. As eleições da Andaluzia devem servir de alerta. Depois de praticamente 4 décadas de Governação do PSOE, e no último período, em conjunto com a IU e o Podemos, praticou-se políticas que não se distinguem de um governo da direita, esta reorganizou-se e saiu vencedora das eleições. E a extrema-direita elegeu deputados (12) para o parlamento regional, o que não acontecia há quase 4 décadas.
A FUA continuará a realizar concentrações, manifestações, debates e sessões formativas. Com a extrema-direita não se brinca, todos os meios são válidos para atingir os nossos propósitos, só assim garantiremos os nossos direitos.
O MAS continuará empenhado em debater e lutar contra o crescimento da extrema-direita, sem fazer coro com os “democratas” da UE. A UE, que representa os interesses da banca alemã e francesa, são um dos responsáveis pela situação em que nos encontramos pois capturou a democracia e a autonomia de cada um dos países que a compõem. O tratado orçamental europeu impõem condições de vida deploráveis a maioria dos trabalhadores europeus. As recentes leis criadas legislam de forma a criminalizar todos aqueles que procuram na Europa a última hipótese de viver uma vida, longe da guerra fome e miséria.
Por uma Europa sem muros nem austeridade!
Basta de Racismo! Unidos contra a extrema direita!
Por uma frente única antifascista na Europa!