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O oportunismo cínico do CDS/PP e a justa luta dos trabalhadores dos SMTUC


No quadro do chamado Pacto de Estabilidade do Governo Sócrates, em 2009 a carreira de Agente Único foi extinta. Isso significou a atribuição da categoria de Assistentes Operacionais a muitos trabalhadores, nomeadamente a muitos trabalhadores dos Serviços Municipais de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC). Ora, o novo estatuto, permite que existam trabalhadores discriminados, inclusive a auferir o ordenado mínimo nacional. A nível nacional há cerca de 400 trabalhadores nestas circunstâncias. Em Coimbra serão mais de 200.

Com o governo PSD/CDS-PP de Passos Coelho, Paulo Portas e Assunção Cristas, a situação agravou-se para estes trabalhadores, pois, para além daquela carreira não ser reposta (!), as condições de vida e de trabalho degradam-se profundamente com uma austeridade sem limites – como diria Passos Coelho, uma austeridade para além da troika.

Infelizmente, apesar das esperanças suscitadas em tantos trabalhadores, o Governo PS, apoiado por BE e PCP, não se dignou a reverter apesar de nos vender o fim da austeridade.

Ora, perante este cenário, o CDS/PP de Coimbra tenta hipocritamente tomar a justa luta daqueles trabalhadores. Na assembleia municipal de Coimbra, o CDS afirma que estes são “tratados como cidadãos de segunda”. Sim: o seu governo PSD/CDS, como o atual, diga-se, trata alguns cidadãos como se fossem “de primeira” (banqueiros e políticos corruptos) e a maioria como se fossem “de segunda” (os trabalhadores dos SMTUC e todos os outros).

Hoje, dia 12 de junho, Assunção Cristas reúne-se com os trabalhadores dos SMTUC, em Coimbra. Esta foi ministra do Governo PSD/CDS que mais atacou os trabalhadores. No entanto, as eleições aproximam-se, e é preciso “ganhar votos” e passar a imagem que o CDS se preocupa com luta dos trabalhadores dos SMTUC. Se a vergonha matasse…

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