O grupo EFACEC é um conjunto de empresas nas áreas de Energia, Engenharia, Transportes e Mobilidade Eléctrica. Com uma carteira de clientes espalhada um pouco por todo mundo, e com mais de 2000 trabalhadores, é uma das maiores empresas a laborar no país.
Em 2015 66% do grupo foi comprado pela sociedade Winterfell Industries, pertencente a Isabel dos Santos, e os grupos José de Mello e Têxtil Manuel Gonçalves passaram a ser minoritários no capital da empresa.
A empresa, que nos dois últimos anos apresentou resultados positivos, requereu ao Governo, no início deste ano, o estatuto de empresa em reestruturação. Este processo, que avançou porque o Governo PS permitiu, possibilita que a empresa negoceie a rescisão dos contratos com 409 trabalhadores. Sabemos que o clima de pressão e intimidação instaurado pela administração, já resultou em duas centenas de rescisões. As reestruturações têm sempre o intuito de diminuir os custos com a mão-de-obra, e também na Efacec isto fica evidente, com a contratação de trabalhadores precários, com menos direitos e salários mais baixos.
Se é verdade que os trabalhadores se livraram do terrível triunvirato PSD/CDS/TROIKA, não convém esquecer que a destruição de postos de trabalho e de agressão permanente aos direitos fundamentais continuam hoje sob a égide do Governo PS. O BE e o PCP no Parlamento, limitaram-se a colocar cândidas perguntas ao Governo. Dada a gravidade da situação, é lamentável que estes partidos, com receio de melindrar o PS, não exijam a imediata cessação da reestruturação. Se a empresa insistir nos despedimentos, a única saída seria a nacionalização como forma de garantir a manutenção de todos os postos de trabalho e impedir a perda de uma empresa estratégica para o País. E seria também a única forma de reaver os 11 milhões de euros que o estado injectou (via QREN) na empresa nos últimos 5 anos.
O MAS vem solidarizar-se com as 2 greves realizadas nos últimos 2 meses, e reiterar a importância da mobilização e unidade dos trabalhadores para não permitirmos que a Efacec siga o mesmo caminho dos Estaleiros de Viana do Castelo (ENVC) ou da Quimonda.