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O MAS reforça apoio à greve dos trabalhores dos SMTUC

Os trabalhadores dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) continuam o processo de luta pela reposição da carreira de Agente Único de Transportes Colectivos.

Depois de, em Maio, terem entregue na Assembleia da República as suas reivindicações e de terem sido recebidos por deputados parlamentares, os motoristas não viram logrados os seus objectivos e aguardam ainda uma resposta que não se sabe quando virá. Nesse sentido, e porque não baixam os braços, convocaram uma nova greve para os dias 30 de Setembro e 1 de Outubro, dia das eleições autárquicas.

Por eventual desconhecimento das condições de trabalho dos motoristas e da degradação desta empresa municipal, boa parte da população olha para as greves e para os plenários de trabalhadores (durante os quais é suspensa a circulação dos autocarros) apenas como entraves ao funcionamento normal da cidade. Lamentalvelmente, alguns sectores da esquerda, mais esclarecidos em relação às reivindicações destes trabalhadores e às suas condições de trabalho, declaram-se solidários com a sua luta, mas consideram a próxima greve inoportuna. Alegam que a paralização em dia de eleições poderá ter consequências na adesão dos eleitores às urnas, engrossando os números da abstenção. Este argumento não é razoável, pois enquadra-se na lógica de que as greves e paralizações de trabalhadores prejudicam o país, atrasam o desenvolvimento da economia, e, neste caso concreto, afectam a democracia. Ora, estes são, precisamente, os argumentos da direita e do PS para condicionar as lutas dos trabalhadores. De resto, é o que temos observado na mais recente greve dos trabalhadores da Autoeuropa.

Neste quadro, o MAS apoia esta forma de luta dos trabalhadores dos SMTUC e lembra que as greves só conferem poder negocial aos trabalhadores se criarem «impacto». Tal como são justas, por exemplo, as greves dos professores em dias de exames nacionais, também é justa a greve em dia de eleições por parte deste setor que luta, por um lado, pela reposição da carreira de agente único de transportes coletivos e, por outro, contra a redução salarial na ordem dos 300 euros.

Em conclusão, o MAS apoiará todas as lutas dos trabalhadores, particularmente as que são decididas pelos próprios em assembleia, considerando que estas devem ser independentes da conjuntura política, seja ela mais à esquerda ou mais à direita.

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