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O MAS apoia as candidaturas do Bloco de Esquerda em Lisboa

O MAS, Movimento Alternativa Socialista, apoia a candidatura do Bloco de Esquerda, encabeçada pelo Ricardo Robles e a Isabel Pires à Câmara Municipal e Assembleia Municipal de Lisboa. Da mesma forma, o MAS apoiará as candidaturas às diversas Juntas e Assembleias de Freguesia dinamizadas pelo Bloco de Esquerda.

Representantes do MAS já reuniram com o BE para transmitir o seu apoio e assim integrar a campanha do BE, para travar a política do PS para a cidade. Fernando Medina, tal como António Costa, tem entregue Lisboa aos privados, à especulação imobiliária e ao turismo sem limites. Quem paga é quem vive e trabalha em Lisboa: piores transportes, menos serviços públicos, trabalho precário e habitação a preços exorbitantes. Juntar forças à esquerda para que os trabalhadores, a população pobre e a juventude tenham voz é essencial. É nessa luta que o MAS coloca o seu empenho nestas eleições autárquicas, ao lado do Bloco de Esquerda e os seus candidatos.

Aproveitar as eleições autárquicas para reforçar a esquerda, contra a direita e o PS.

Os últimos meses têm demonstrado que, no essencial, o país não mudou com o Governo PS, mesmo que apoiado por BE e PCP. Os mais recentes episódios, como o incêndio de Pedrogão Grande ou mesmo o desmantelamento da PT, mostram a falência do estado e a incapacidade do governo. O PS não tem um plano para Portugal, para além dos números do défice e do pagamento dos juros da dívida. O crescimento económico e redução, ligeira, do desemprego, assentam num ciclo de baixos salários e precariedade sem fim. Os serviços públicos continuam a ser desmantelados, através das cativações. A banca nacional foi entregue a interesses estrangeiros, enquanto os seus trabalhadores perdem os empregos. A Comissão Europeia e o Ministro das Finanças Alemão aplaudem Centeno: afinal Portugal ainda é “o bom aluno” da Europa.

A vida não melhorou. Se no primeiro ano de governo da chamada “Geringonça”, o país viveu sob a esperança do fim da austeridade, hoje o horizonte de quem trabalha é mais sombrio. Num primeiro momento da Geringonça, a esquerda ganhou uma importante influência, mas nos últimos meses perdeu espaço. Sem oposição à esquerda, o PS aproxima-se cada vez mais de Marcelo e mantém a política de desinvestimento público e baixos salários. Ao mesmo tempo, a direita começa a aproveitar cada telhado de vidro do PS – sem olhar aos seus – para passar ao ataque. Os acordos entre o PS e a esquerda chegaram ao fim, mas a austeridade não.

Em Lisboa, há 10 anos nas mãos do PS, o cenário não é diferente. Se, para os turistas, Lisboa é uma cidade cada vez mais reluzente, para os que aqui vivem e trabalham, o caos nos transportes e as rendas inacessíveis tornaram-se a imagem de marca da cidade. Medina tem patrocinado um modelo de cidade em que os lisboetas só têm lugar caso consigam pagar apartamentos a preços “Madonna”. Apesar da fachada aberta, Lisboa é cada vez mais uma cidade que exclui, sobretudo os que menos têm voz: os moradores dos bairros históricos, os trabalhadores precários e os emigrantes.

Transportes públicos, baratos e de qualidade; Habitação a preços controlados; Fim da precariedade na CML e Empresas Camarárias; Fim da especulação imobiliária; Uma rede de creches municipais; – para defender tudo isto é necessário reforçar a esquerda e mobilizar as populações. As candidaturas do Bloco de Esquerda podem e devem ser uma importante ferramenta neste sentido. A perspetiva de uma esquerda unida, contra a direita e o PS, é a aposta do MAS para Lisboa, mas também para o país. Ao lado do PS, não é possível mudar de vida. Não somos a favor de alianças com Medina, mesmo depois das eleições, tal como achamos errado a esquerda apoiar o governo de António Costa.

É necessária uma esquerda independente, que procure mobilizar os trabalhadores e a população pelos seus direitos, contra os interesses privados que estão a devorar Lisboa e o país. É para fazer esse caminho que o MAS se empenha em lutar pelo melhor resultado possível para as candidaturas do Bloco de Esquerda em Lisboa. Vamos à luta!

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