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Motoristas dos SMTUC pedem reposição da sua carreira

Os trabalhadores-motoristas dos SMTUC – Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra – protagonizaram hoje, uma paralisação convocada pela Comissão de Trabalhadores. Apesar de nenhum sindicato apoiar esta luta justa, os trabalhadores em plenário votaram avançar para a greve. A adesão foi de 100%.

Este protesto teve como objectivo a reposição da carreira de Agente Único de Transportes Colectivos extinta em 2009 ao abrigo de um regime de excepção em que se implementou uma requalificação das carreiras da função pública. Foi, então, atribuída a estes trabalhadores a categoria de Assistentes Operacionais, situação que o governo PS, apoiado por BE e PCP, não se dignou a reverter apesar de nos venderem uma virada de página da austeridade.

A profissão de motorista apresenta uma série de requisitos como carta de condução, certificado de transportes de crianças, certificado de aptidão de motorista, entre outras que têm validade de 5 anos e são custeadas pelos trabalhadores; representam gastos que podem chegar a 5 mil euros em início de carreira e 700 euros nas suas renovações. A categoria de Agente Único era atribuída pelo reconhecimento da responsabilidade e elevado desgaste que comporta o transporte de passageiros, a condução em perímetro urbano, a cobrança de taxas e a garantia da segurança dentro dos veículos. Ora, o novo estatuto deixa de considerar estes factores e com esta requalificação, feita apenas sob argumento de contenção orçamental e descurando utilizadores e trabalhadores, existem trabalhadores discriminados a auferir o ordenado mínimo nacional.

A nível nacional há cerca de 400 trabalhadores nestas circunstâncias. Em Coimbra serão mais de 200 e praticamente todos aderiram ao protesto Fizeram-se representar em Lisboa por cerca de 160 trabalhadores que levaram 4000 assinaturas à Assembleia da República solicitando que seja discutida e rectificada esta situação.

O MAS apoia a luta dos/as trabalhadores/as dos SMTUC. Estes trabalhadores, como tantos outros, continuam a sofrer com a austeridade imposta em anos anteriores. O Governo PS prometeu virar a página da austeridade, pelo que tem obrigação de responder positivamente às reivindicações. É urgente cercar esta luta de solidariedade e unir todos os trabalhadores nesta situação.

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