Os operadores do Porto de Lisboa anunciaram hoje um despedimento colectivo. Justificam este despedimento pelo Porto de Lisboa estar completamente parado há mais de um mês, o que é falso.
O Porto tem estado a funcionar com trabalhadores precários da PORLIS – empresa de trabalho temporário criada pelas empresas portuárias presentes no porto com o intuito de contratar trabalhadores precários e com baixos salários para fazer o trabalho da estiva, conduzindo a anterior empresa de trabalho portuário à insolvência, e levando para o desemprego os trabalhadores qualificados e efectivos – para além disso, foram decretados serviços mínimos (que são muito mais do que serviços mínimos) que estão a ser cumpridos.
Os estivadores estão dispostos a abdicar do seu trabalho suplementar para serem contratados 70 novos trabalhadores em igualdade de direitos aos estivadores efectivos. São os patrões que sabotam esta solução e que colocam trabalhadores precários para fomentar o conflito nos portos e generalizar a precariedade.
O MAS – Movimento Alternativa Socialista – considera essencial que a luta dos estivadores continue e que assuma outras formas de contestação levando assim a derrotar o despedimento colectivo e a precariedade no Porto de Lisboa. Para além disto, a CGTP deve convocar um dia de jornada de luta, em todos os sectores, em apoio à luta dos estivadores. Só com a unidade de todos os sectores a luta dos estivadores poderá ser vitoriosa, e a vitória desta luta será também uma vitória para os outros sectores travarem a precariedade.
Frente a este despedimento colectivo, o Governo deve tomar uma posição e impedir que este aconteça. Caso contrário, estará a compactuar com o mesmo e a empurrar para o desemprego 300 trabalhadores.
Toda a solidariedade com os estivadores!
Revogação da lei dos portos!
O governo deve impedir o despedimento colectivo no porto de lisboa!
Todos à manifestação de apoio aos estivadores no dia 16 de Junho!