A concessão da parte operacional da Carris, Metro (no caso de lisboa) e STCP (no Porto) é hoje uma situação na ordem do dia. Esta situação deve preocupar toda a gente que se interesse pela sua cidade e pelo país no geral.
Esta concessão vai entregar a privados a parte operacional das empresas de transportes, deixando a parte financeira (as dívidas) em mãos públicas. Esta operação faz parte de mais um conjunto de parcerias público-privadas ruinosas para o país, que segundo os cadernos de encargos vão dar ao Estado despesas superiores em relação às que agora tem com as indemnizações compensatórias (recaindo esses custos sobre os utentes). Na preparação desta concessão foi-se diminuindo a manutenção, o número de trabalhadores e aumentando os custos para os utentes, numa tentativa de justificar o injustificável: a sua entrega a privados.
Estas são algumas das razões pelas quais os trabalhadores da Carris fizeram greve, na passada quinta-feira: pela existência de um serviço público, de qualidade, que possa servir as populações.
O MAS apoia os trabalhadores da Carris e entende que só uma Carris pública pode servir a cidade de Lisboa. Só uma Carris sob controlo dos trabalhadores, pode estar ao serviço dos utentes, e garantir a mobilidade dos mesmos na cidade de Lisboa.
Gonçalo Gomes
