Perto de 400 pessoas, na maioria trabalhadores e trabalhadoras da Segurança Social, manifestaram-se no passado dia 19 de Novembro, em Braga, contra o plano de requalificação que o governo quer levar a cabo.
A este protesto organizado pelos trabalhadores de Braga juntaram-se populares e colegas de outras localidades em solidariedade, como Guimarães e Famalicão.
Depois de mandar largas centenas trabalhadores da função pública para o regime de mobilidade, o criminoso governo do PSD/CDS ataca agora a Segurança Social, pretendendo colocar 697 pessoas que estão a exercer funções no novo regime de requalificação. Só em Braga contam-se 56. A bem dizer, seja qual for o nome que estes regimes tenham, são mais 697 trabalhadores que acabarão por ser despedidos e deixados ao abandono.
O Governo pretende desmantelar tudo o que é público para entregar às fatias aos amigos do privado, por isso consideram que num serviço como a Segurança Social existe um “excedente de trabalhadores”. Com as sucessivas políticas de austeridade que atiram para a miséria a população e vão degradando os serviços públicos, a Segurança Social tem diariamente filas intermináveis e, inclusive, começam a haver relatos de casos de violência contra trabalhadores por parte de utentes. Por estas razões e por a Segurança Social ser indispensável ao país, torna-se urgente defendê-la.
Por isso o MAS está solidário com esta luta e esteve presente no protesto em Braga. Movimentos de base como o que organizou este protesto, com a solidariedade de colegas de outras localidades, mostram o caminho para futuras lutas. No entanto, os trabalhadores não devem parar por aqui e esperar que tudo seja decidido no parlamento e pelas suas direcções sindicais. A luta pela defesa dos postos de trabalho e da Segurança Social passa por exigir a essas direcções acções concretas e consequentes. Só uma luta que junte trabalhadores e utentes conseguirá travar as medidas do governo.
Pedro Godinho