Nos sábados de junho vão ter lugar as marchas de Braga (14), Lisboa (21) e Porto (28). Estas levam à rua o combate à discriminação sobre as pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais e Trans (LGBT). Depois de alguns avanços legais e de uma maior aceitação social das pessoas LGBT estamos muito longe do que queremos.
No ano em que muito se falou da coadoção e nada se avançou na prática, as principais reivindicações do movimento giram em torno do direito à família. A verdade é que existem milhares de famílias “ilegais” no sentido em que as crianças não são reconhecidas pela lei como filhas do casal. Mas as exigências não ficam por aqui. O alargamento dos serviços no SNS a pessoas Trans de forma gratuita. Um programa contra a LGBTfobia nas escolas, entre muitas outras.
Estas marchas juntam todos e todas que lutam contra a opressão a pessoas LGBT independentemente da sua orientação sexual ou política. Mas a verdade é que esta luta não pode ser travada de forma consequente sem identificar contra quem se luta. 40 anos depois do 25 de Abril nenhum dos governos e seus partidos, PSD/PS/CDS, avançou com determinação nos direitos LGBT. Mesmo o PS sobre pressão do movimento e para não perder parte da sua base eleitoral, aprova o casamento, mas impede a adoção… O PSD enquanto condena a esmagadora maioria da população à pobreza com uma austeridade nunca referendada, propõe um referendo à coadoção e faz tudo para que não seja aprovada a lei…
O MAS chama todos e todas a participar e apoiar as marchas para dar a batalha contra a opressão. O conjunto dos trabalhadores, do povo e da juventude sofrem com esta opressão que nos divide quando temos que estar unidos. Que enfraquece e oprime um largo sector da sociedade tornando-a menos activa e reivindicativa.
Junho é o mês do orgulho LGBT. Há 45 anos em Nova York pessoas LGBT, com apoio de parte significativa da população, revoltam-se contra a opressão LGBTfóbica e policial numa série de protestos e confrontos com a polícia. Hoje, a luta ainda vai longe do fim. A violência, a descriminação e falhas legais continuam a ser o quotidiano das pessoas LGBT, em Portugal e no mundo. O MAS orgulha-se de participar nas marchas e de lutar pelo fim da opressão e da exploração.