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MAS propõe uma candidatura ampla da esquerda, para libertar a Europa da Troika e do desemprego

O MAS, Movimento Alternativa Socialista, pretende contribuir no seu I Congresso para a construção de uma candidatura ampla de esquerda, contra as políticas que têm afundado Portugal e a Europa.

Por isso desafiamos toda a esquerda que se opõe à troika e à austeridade para discutir uma plataforma conjunta.

Esta plataforma deve partir de dois princípios: opor-se à austeridade e à Troika, independentemente do nome que assuma o novo plano de empobrecimento ditado pelo BCE. E rejeitar alianças, nas europeias ou depois delas, com os partidos que trouxeram Portugal à ruína: PSD, CDS e PS. O projecto deve dar passos no sentido de um governo alternativo de esquerda, sem os partidos da austeridade.

O I Congresso Nacional do MAS propõe passos reais para uma convergência para as eleições europeias: devem realizar-se encontros entre as várias forças de esquerda que são contra a austeridade e a presença da Troika em Portugal, que não querem o país e a Europa nas mãos dos partidos de sempre. É necessário um grande encontro de toda esta esquerda, do PCP ao Bloco, passando por LIVRE e 3D. Só daí pode surgir uma verdadeira frente alternativa candidata às europeias. 

Uma verdadeira frente alternativa às europeias deve ser frontalmente crítica à presença de Portugal no euro. Sondagens recentes dizem que 65% dos portugueses são críticos da moeda única. Economistas de esquerda, como João Ferreira do Amaral são contra o euro e vários economistas vieram desafiar a esquerda a tomar esta posição. Nós concordamos: é preciso referendar a presença de Portugal na moeda da austeridade. O mesmo relativamente à dívida: não é possível voltar à ao emprego, à indústria, pescas e agricultura sem suspender o seu pagamento.

Não é possível ter uma posição de força na Europa sem auditar a dívida pública e sem prender e confiscar os bens daqueles que enriqueceram com esta dívida. Uma candidatura de esquerda tem de levantar estas causas fracturantes. Os seus candidatos devem recusar e combater os privilégios e mordomias dos eurodeputados e dos políticos de Bruxelas. 

É isto que queremos debater com a esquerda toda, não só com o LIVRE, o Movimento 3D e o Bloco de Esquerda, mas também com o PCP, com todos os socialistas descontentes ou com o MRPP e o PAN. Não faz sentido estas forças, ou o MAS, ficar de fora de uma Convergência de Esquerda. Enviaremos cartas a todos estes partidos nesse sentido. Está lançado o desafio: o país e a Europa não podem continuar nas mãos de quem os afundou, cabe à esquerda juntar forças para que assim seja.

 

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