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Sede do MAS em Coimbra enche para debater a Amazónia

Cerca de 50 pessoas marcaram presença esta quarta-feira, 6 de novembro, na sede do MAS, em Coimbra, para participar na sessão “Conversas sobre a Amazónia”, apresentada pelo André Pestana, biólogo, doutorado com trabalho de campo naquela região da América do Sul e dirigente do MAS.

A sede foi pequena para acolher todos (as) os que quiseram participar no debate, mas o grande interesse demonstrado pelas pessoas em participar na discussão fez com que, mesmo sentadas no chão ou em pé, estivessem presentes durante toda a sessão.

Estudantes universitários, jovens, trabalhadores e reformados marcaram presença no evento, durante o qual foram apresentadas várias fotografias que mostraram a biodiversidade e as populações da Amazónia, bem como os principais problemas que ameaçam o equilíbrio humano e natural naquela região brasileira.

O desflorestamento para a extração de madeira, para a pastagem de gado e para o cultivo de monoculturas (por ex. soja) e a construção de grandes infraestruturas, como a barragem de Belo Monte, que, se for concluída, será a terceira maior do mundo, são as grandes ameaças que têm contribuído, nos últimos anos, para destruir o ecossistema da Amazónia e para afetar, de forma negativa, as populações da região.

Durante a sessão, destacou-se a importância de uma ação política e social a nível internacional para combater esses problemas, que estão intrinsecamente relacionados com o modo de funcionamento do sistema capitalista/financeiro, que destrói esses ambientes naturais essenciais ao equilíbrio ambiental mundial e empurra os próprios nativos para situações de miséria, fazendo com que estes tenham como única hipótese de sobrevivência participar, com a sua força de trabalho, no processo de destruição do seu próprio habitat (por exemplo, os chamados “peões” – trabalhadores rurais – contratados a salários miseráveis para cortar árvores milenares). Por outro lado, observamos o contraste gritante face a esta realidade representado pelos lucros avultados dos grandes grupos económicos associados a esta destruição (grandes empresas de construção civil, madeireiras, fazendeiros, etc.), que apoiam e compram com milhões os grandes partidos que governam o país em Brasília e nos diferentes Estados Amazónicos.

Consideramos que a solução para os problemas ecológicos/ambientais tem de passar, necessariamente, pelo combate à exploração capitalista, com o objetivo de assegurar boas condições de vida para as populações de todo o mundo, fazendo com que estas possam usufruir do habitat em que vivem, ao mesmo tempo que preservam e garantem a sustentabilidade dos ecossistemas. Trabalhadores e juventude de todo o mundo, uni-vos!

MAS – Coimbra

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