A manifestação “Não Há Becos Sem Saída”, que decorreu no passado sábado, dia 26 de Outubro, e foi convocada pelo movimento Que Se Lixe a Troika, juntou cerca de 400 pessoas em Coimbra e garantiu a realização de um plenário aberto no final do protesto, no qual todas as pessoas que pediram a palavra tiveram o direito de intervir livremente, tendo falado vários manifestantes.
A manifestação, marcada para as 15h00, começou na Praça da República e, durante todo o percurso do protesto, gritaram-se palavras de ordem contra o Governo e a troika e empunharam-se cartazes, pancartas e faixas que denunciavam as políticas de corte, roubo e austeridade que têm vindo a ser aplicadas no país e que têm destruído cada vez mais a economia e as condições de vida dos trabalhadores, dos jovens e dos reformados.
Os estudantes universitários também marcaram presença na manifestação para protestar contra os cortes no Ensino Superior, o aumento das propinas e também contra os cortes nos apoios sociais aos estudantes. Os jovens protestaram ainda contra as políticas que condenam os mais novos à imigração por não terem emprego no seu país. Um grupo de estudantes do TEUC (Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra) também participou de uma forma muito original, envolvidos por uma rede na qual estavam afixadas várias palavras de denúncia como repressão, corrupção, capitalista e emigração.
O protesto uniu várias gerações, jovens, trabalhadores, reformados, desempregados e todos (as) os (as) que estão contra as políticas do Executivo de Pedro Passos Coelho, um Governo subserviente à troika e que tem como principal política o roubo dos salários e das reformas e a proteção dos que mais têm, a banca e as grandes empresas.
O manif uniu todos (as) os (as) que quiseram mostrar que, de facto, “Não Há Becos Sem Saídas” e que a austeridade não é o único caminho.
Plenário aberto no final da manif deu voz a todos (as) os (as) que quiseram falar
No final do protesto, que terminou na Praça 8 de Maio, foi realizado um plenário com microfone aberto a todos os manifestantes. Pediram a palavra e intervieram no plenário 11 pessoas, de várias idades e de vários sectores, que quiseram dar o seu testemunho e denunciar a situação de miséria económica e social dos portugueses.
No fim da manifestação, ficou o sentimento coletivo de que é necessário continuar a lutar e estar em todas as lutas, pois só quando todos (as), unidos, levantarmos a voz e sairmos à rua para dizer “BASTA” conseguiremos correr com o Governo e a troika!
MAS – Coimbra