Na passada madrugada de sexta-feira, dia 4 outubro, quatro militantes do MAS foram detidos por se encontrarem a pintar um mural num viaduto da cidade de Braga.
A PSP identificou os nossos camaradas, por volta das 2 horas da manhã, apreendeu e confiscou os materiais de pintura (pincéis, tintas e moldes) entregando-os posteriormente à câmara municipal, e em seguida, conduziu-os numa carrinha até à esquadra onde, fechados numa sala, foram impedidos, violando a lei, de contactar fosse quem fosse durante cerca de duas horas.
Estes tiques autoritários, de tentativa de cerceamento da liberdade de expressão e propaganda política, garantida pela nossa Consituição, começam a tornar-se demasiado frequentes em muitas câmaras deste país (ver “Chega de repressão! Solidariedade com os militantes da JCP detidos no Porto!“). Mesmo depois de inúmeros pareceres, sentenças de tribunais e acordãos do Tribunal Constitucional assegurando este direito as câmaras dos partidos da troika (PS/PSD/CDS) continuam a tentar intimidar e criminalizar a juventude trabalhadora que se rebela contra a austeridade, o desemprego e a falta de acesso ao ensino.
O verdadeiro vandalismo está na licença, que esses mesmos partidos aprovaram na câmara municipal de Braga, para se erguer uma estátua ao cónego Melo, envolvido em ataques bombistas de extrema-direita às sedes de partidos de esquerda e na morte do padre Max. Mas, pelos vistos, as nossas forças ‘democratas’ convivem melhor com a homenagem a figuras do tempo da velha senhora, que não deveriam sair do caixote lixo da história, do que com a manifestação da liberdade de expressão.
O MAS exige a retirada de todas as acusações sobre os nossos militantes, a devolução dos materiais e o fim destas acções de violação e repressão do direito à manifestação política, aliás, que no caso está protegido pela lei e pela nossa Constituição.