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Chega de repressão! Solidariedade com os militantes da JCP detidos no Porto!

Onze jovens da Juventude Comunista Portuguesa (JCP) foram detidos na noite de sexta-feira, enquanto pintavam um mural na Escola Secundária do Infante no Porto. Foram inclusive algemados no local, enquanto tentavam explicar a lei, a quem já a devia saber: os próprios agentes da polícia! Foram depois levados para a esquadra da PSP, onde a comunicação social foi impedida de entrar.

O direito de pintar murais políticos em espaços públicos é uma herança da Revolução Portuguesa, do pouco daquilo que se conseguiu, com muita luta, deixar escrito na nossa Constituição. Mas até esse direito, como o direito à Saúde, à Educação, à Habitação, ainda que em teoria sejam constitucionalmente inalienáveis, têm sido destruídos pelo jogo de cadeiras de 39 anos de Governos PS, PSD e CDS.

Na prática, como todos os direitos, se não lutarmos por eles, são apenas promessas em papel molhado – ou seja, nada. Até o ministro da Administração Interna, o inominável Miguel Macedo, veio recentemente defender a criminalização dos murais, políticos ou não, alegando querer poupar custos de manutenção às autarquias! Com tanta casa a cair aos bocados nos centros históricos das nossas cidades, com tanta gente sem casa, é preciso ter lata!

Já na campanha das eleições legislativas de 2011, quando os militantes do PCP de Coimbra pintaram as famosas escadas monumentais da alta universitária, as juventudes partidárias do PS e do PSD, ligados à Associação Académica, procuraram boicotar um comício eleitoral da CDU no local – não são estes que se dizem os capitães da democracia?

Nós, do MAS, estamos solidários com os jovens comunistas detidos e apelamos a que mais forças de esquerda e progressistas se solidarizem com eles. O que não significa que esqueçamos todas as nossas diferenças políticas. Apesar delas, temos batalhas conjuntas por travar. Afinal, como disse Trotsky, “um sectário vê apenas o preto e o branco, quando a realidade é bem mais complexa.”

Estamos convictos de que, cada vez mais, precisamos lutar juntos, para unir a juventude contra estes ataques à democracia, contra a troika, por um Ensino Público, Gratuito e Universal, por emprego e pelo nosso futuro. Defenderemos sempre o direito à liberdade de expressão, de propaganda e ativismo para todos, não só para os partidos.

Não haverá paredes brancas suficientes nas cidades de Portugal para conter a revolta da sua juventude, nem pincéis para a calar!

Juventude do MAS

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