A razão disso foi o medo de confrontar-se com a raiva da população que o iria receber com um protesto. Isso aconteceu neste sábado, durante a cerimónia de inauguração da estátua de Nuno Álvares Pereira, canonizado como santo e herói nacional do século XIV, organizada pela Santa Casa de Misericórdia. “Cedo se percebeu que tudo ia correr de forma pouco normal”, relatou o Jornal de Notícias (4/11). É que o pano de fundo dos discursos protocolares foram, além da salva de canhões, “vaias, insultos e protestos contra a situação atual do país”. E a faixa do Movimento Alternativa Socialista (MAS), como mostra a foto ao lado.
Para disfarçar a ausência de Paulo Portas, a placa que dizia “com a presença do ministro dos Negócios Estrangeiros” foi trocada por um autocolante a informar a sua substituição pela sub-secretária-adjunta” do mesmo ministério. No protesto estiveram populares, sindicalistas e integrantes do MAS.
O JN assinalou ainda na sua reportagem que um militar autodenominado “capitão de abril”, Américo Rodrigues, revolveu fugir ao discurso programado e insultar os participantes do protesto, chamando-os de “quadrilha”. A resposta veio com toda a força, com os manifestantes a gritar “fascistas” e a cantar “Grândola Vila Morena”.
Mais uma vez o povo demonstrou que não dará trégua a este governo nem aos seus ministros que, com caretas a fingir consternação, como Paulo Portas, estão a liquidar com a soberania do país e com a vida das pessoas.
Parabéns ao povo de Barcelos e aos camaradas do MAS da cidade!