mani25set2012

Madrid: o parlamento rodeado

Manifestação de 25 de Setembro: O povo contra o regime da banca e dos capitalistas

ABAIXO A REPRESSÃO! DEMISSÃO DO GOVERNO!

Hoje, 25 de Setembro, em Madrid, os baluartes da “Transição” (nome que se dá ao período de transição do franquismo para a “democracia”), os defensores do “Estado de Direito”, ou seja do PSOE, PP e dos franquistas, que escrevem nas páginas do El País e do El Mundo, defendem o “Congresso” (Parlamento de Espanha) contra o povo, isto é, opõem a suposta “democracia” dos cortes contra o povo em favor da banca, e dos ricos contra os trabalhadores.

As pessoas foram rodear o Congresso que, é verdade, não os representa, porque se assim fosse defenderia o povo dos ataques de Rajoy, da Troika e da Banca, e não ao contrário, como está a fazer.

O 25 de Setembro teve, desde manhã, como protagonista a repressão policial. A polícia parou os autocarros que viajavam de diferentes zonas do estado, para fazer buscas e identificar os passageiros. Pela tarde as pessoas chegaram ao local da convocatória para rodear o parlamento e para dizer “BASTA”. Desde a Praça de Espanha e de Atocha, milhares marcharam em direcção ao Congresso, encabeçados por uma faixa onde se lia “Que se vayan todos” (“Rua com todos”), ao mesmo que a polícia tinha a zona tomada. As cargas policiais não se fizeram esperar.

As primeiras ocorreram às 19h, a polícia começou a golpear e a reprimir para evitar que os manifestantes chegassem às barreiras. Mas estes enfrentaram-nos e aguentaram valentemente. A polícia não conseguiu dispersar e dissolver a manifestação. Todos continuavam na rua: feridos, golpeados e detidos, mas gritando “governo demissão”. Enquanto a maioria dos deputados, “os representantes da democracia” seguiam sentados nos seus assentos.

E os defensores do Estado de direito, continuam a dizer que a democracia é carregar contra o povo para defender um Congresso e um Governo que despeja famílias das suas casas, que despede, que destrói a educação e a saúde pública, que rouba e condena o povo à fome para pagar uma “dívida” à banca, que não é dos trabalhadores. Antes pelo contrário, estão a roubar os trabalhadores para salvar a banca.

Cospedal (secretária-geral do PP) atreveu-se a comparar os manifestantes com os fascistas da intentona golpista de 23 de Fevereiro de 1982. Mas antidemocrático é este governo e este Congresso que vota as medidas contra a vontade de 99% do povo em defesa de 1% dos ricos.

Agora é já a 26 de Setembro (dia seguinte) que todos voltamos à rua, por uma greve geral que corra com todos!

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