Pela população: O aumento das taxas moderadoras e o fim do apoio nos transportes para consultas e tratamentos impedem milhares de doentes de receber cuidados de saúde adequados. O fecho de serviços (como a Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, ou o fecho das urgências do Hospital dos Covões, em Coimbra) concentra os cuidados em alguns centros, afastados de muitas pessoas. A má rede de transportes, o fecho de várias linhas de comboio e o preço da gasolina fazem o resto. Para não falar das receitas por aviar porque o dinheiro não chega para a renda da casa, a luz, comida…
As políticas implementadas pelo Governo Passos-Portas, em conivência com o programa da Troika, estão a tirar anos e qualidade à nossa vida.
Pelos profissionais: Os salários são cortados, sucessivas vezes. No caso dos 13º e 14º meses, já se percebeu que o mais certo é não voltarem mesmo. As carreiras, congeladas ou inexistentes. As reformas serão cada vez mais tardias e menores, as contratações de novos trabalhadores será limitadíssima. O que, associado ao encerramento de serviços, fará crescer o desemprego, sobretudo entre os jovens.
As políticas de austeridade do Governo e da Troika, estão a afundar a economia e, com isso, a tirar anos e qualidade à nossa vida.
Este Orçamento não é o nosso: O orçamento para a saúde de 2012 significa um corte de mais de 700 milhões de euros. Esse dinheiro, dizem eles, é preciso para pagar a dívida. Mas não os vemos “poupar” quando esbanjam no BPN (cuja venda foi um dos negócios mais ruinosos de sempre) ou em Parcerias Público-Privadas – cujos gastos ascenderão a mais de 50 mil milhões de euros nas próximas 2 décadas. As sucessivas privatizações de serviços públicos hipotecam o futuro do país. Connosco rasgam todos os contratos, porque não o fazem com quem nos colocou nesta situação?
E porque não utilizar o dinheiro (que é usado para pagar uma dívida que foi contraída pelos sucessivos governos PS/PSD-CDS e que não é nossa) investindo na saúde, educação e criação de postos de trabalho?
Por tudo isto temos de dizer basta! Não podemos ser nós, quem trabalha e paga impostos, quem está reformado e já muito contribuiu, quem está desempregado e por culpa destas políticas terá ainda menos hipóteses de voltar a trabalhar, a pagar por esta crise! Não podemos deixar que para sair dela sem comprometer os benefícios de uns poucos, destruam o Serviço Nacional de Saúde que nos serve a todos!
Abraço à Maternidade Alfredo da Costa: terça, 10 de Abril, às 19h30. Todos lá!