No último Sábado, dia 21 de outubro, foram muitas as pessoas que se manifestaram perante a culpa e a negligência dos sucessivos Governos PS e PSD/CDS nos incêndios do último verão. Manifestaram-se, portanto, contra a falta de meios de prevenção e de combate aos incêndios florestais.
Não obstante a Direita procurou surfar a onda de toda a indignação popular, colocando na rua, não apenas militantes e “boys”, mas também monárquicos e fascistas.
Perante este quadro dantesco e para que o descontentamento legítimo das populações não caísse nas mãos das direitas (sempre oportunistas), o MAS, outras organizações da esquerda e setores ambientalistas sairam à rua. Não para dizer que a culpa e a negligência são apenas deste Governo, mas também dos governos PSD/CDS!
A demissão do resto da Esquerda (a parlamentar) deste combate é mais um sintoma da sua parlamentarização e governamentalização, deixando a justa contestação social nas mãos da direita. Ainda assim, estes protestos não foram inteiramente “silenciosos” – muito graças à presença do MAS e das outras organizações de esquerda.
Contudo, ficou clara a correlação de forças entre quem queria também denunciar a direita e quem não queria. Nesse quadro, o MAS e outros ativistas foram agredidos física e verbalmente pelos cães de fila da direita conservadora e da extrema-direita. Tais acontecimentos passaram em vários órgãos de comunicação social e muitos ficaram estupefactos com a toda aquela violência. Entre eles estão muitos cidadãos, ativistas, militantes do Bloco de Esquerda, do PCP, do Socialismo Revolucionário, do Em Luta, entre outros. A todos eles agradecemos o apoio e solidariedade que nos fizeram chegar no próprio dia.
A estes dizemos que nem tudo está por fazer na Esquerda portuguesa. A solidariedade que sentimos nestes últimos dias deixa-nos confiantes, acima de tudo porque esperamos que, em semelhantes ocasiões futuras, a Esquerda esteja presente, não deixando caminho aberto à Direita.
Contem com o MAS para a combater, especialmente num contexto internacional que possibilita a sua radicalização.
Governos PS, PSD/CDS: CULPADOS