Na madrugada de terça-feira dia 25 de Maio, um jovem de 19 anos e uma jovem de 18, foram espancados por quatro agentes da PSP junto ao Largo Camões em Lisboa.
Eram 3 da manhã quando os dois jovens estudantes de uma universidade de Lisboa se encontravam próximos daquele local e foram abordados por um agente à paisana, que não se identificou, supostamente por estarem a provocar ruído com um caixote do lixo. Após uma acesa troca de palavras, o suposto agente empurrou a jovem para o chão, momento em que chega um carro-patrulha com outros agentes fardados, também sem identificação, que ponteaparam o jovem no chão fracturando-lhe o maxilar superior direito e provocando-lhe outras lesões menores na cabeça. A jovem tambem foi agredida.
Os dois estudantes foram então levados para a esquadra da PSP da Praça do Comércio, onde foram proibidos de contactarem o exterior. O jovem, sangrando da boca, assim que foi libertado, deslocou-se pelos próprios meios até ao Hospital de São José, onde esteve internado três dias e onde ntervencionado cirurgicamente ao maxilar fracturado.
A PSP contactada pelo jornal Público e pelo pai do jovem, negou terem existido quaisquer agressões e recusou identificar os agentes da patrulha. O Bloco de Esquerda, através da deputada Helena Pinto, já dirigiu uma carta ao Ministério da Admnistração Interna a pedir explicações e a perguntar se este irá agir no sentido de identificar os agentes e saber se irá tomar medidas para os punir disciplinar e criminalmente.
Infelizmente, casos de brutalidade policial absolutamete injustificada como este, repetem-se no quotidiano da nossa sociedade, sobretudo quando se trata de jovens, negros, descendentes de imigrantes e residentes de bairros populares. Esperemos que neste caso, assim como em outros se faça justiça. Domingo, dia 30 de Maio às 17 horas está marcada uma concentração contra a violência policial no Largo de Camões em Lisboa.