Os estivadores estão em greve desde o dia 20 de Abril, as razões são antigas e prendem-se com a precarização da estiva através da criação de uma empresa, por parte dos patrões (PROLIS), que paga salários de 500 euros.
O objectivo é claro: os patrões estão a fazer uma manobra provocatória para diminuir as condições de trabalho (salários, vínculos contratuais, etc) dos 300 estivadores do porto de lisboa para substituir por precários com salários mais baixos.
Segundo o sindicato dos estivadores, a greve só termina quando os 10 trabalhadores precários da PROLIS deixarem de ser chamados ao trabalho. A posição não é contra os trabalhadores precários que recebem 500 euros por mês de trabalho, mas em defesa de quem também estes passem a ser trabalhadores com as condições dos restantes 300 do Porto de Lisboa.
O Governo PS, com o apoio do PCP e BE, veio agora decretar os serviços mínimos para a greve dos estivadores. O MAS exige à maioria parlamentar PS, PCP e BE, que retirem este decreto dos serviços mínimos que atenta à greve, uma vez que vai além do que seria considerado serviço mínimo.
O MAS – Movimento Alternativa Socialista – está ao lado dos estivadores contra a precarização dos seus postos de trabalho, contra os despedimentos de trabalhadores no Porto de Lisboa e pela revogação da lei dos portos. Cabe ao PS, ao BE e ao PCP, revogarem esta lei.