António Costa tem estado nos últimos dias a negociar com a UE a austeridade a aplicar em Portugal.
É compreensível que a maioria das pessoas veja as medidas do Orçamento de Estado como uma viragem na linha seguida até então pelo governo de Passos Coelho e Portas. No entanto, convém relembrar que o actual Governo de António Costa começou por injetar cerca de 2,3 mil milhões de euros no BANIF, para o vender depois por 150 milhões. Para além disto, este Governo recuou na descida do IVA nas bebidas, adia as 35 horas semanais na Função Pública para Julho, aumenta o imposto sobre os automóveis e adiciona um imposto aos combustíveis.
Consideramos que este Governo está a dar com uma mão e a tirar com a outra. Não é possível agradar a gregos e a troikanos. Achamos que BE e PCP devem exigir que este orçamento seja diferente para garantir de imediato o salário mínimo de 600€, a devolução total da sobretaxa do IRS e a devolução do salário roubado pela Direita e pela Troika. Para isso é necessário enfrentar Bruxelas e suspender o pagamento da dívida pública para relançar a economia.
Diogo Trindade