Parece que agora, sempre que chove mais um bocado em Lisboa, há uma sina a que não escapam moradores e comerciantes: a das inundações. Foi no final de Setembro, e como sempre, a culpa morreu solteira.
A Câmara de Lisboa empurrou para o IPMA (Instituto Português do Mar e da Atmosfera), o IPMA empurrou para a Câmara de Lisboa, e no meio de tanto empurrão… quem acabou empurrado para o meio da água foi quem mora e/ou vive na cidade.
Esta segunda-feira novamente após um aviso de mau tempo: Lisboa acabou inundada. Será que não houve tempo entre o final de Setembro e o meio de Outubro de ver o que correu mal e aplicar-se medidas que evitem que isto aconteça recorrentemente?
Nos últimos dias surgiu uma notícia de que a Câmara de Lisboa estava a vender património Imobiliário. Além de se ver qual a política de António Costa no que toca à ‘coisa pública’, que é a de vender e privatizar (não diferente deste governo, portanto), parece que não é prioritário cumprir as funções para as quais foi eleito, a de gerir a cidade e que passa, por exemplo, por garantir que a cidade não inunda de cada vez que chove.
Mas parece que António Costa neste momento não se preocupa com a cidade de Lisboa, nem com o escoamento de águas ou a limpeza da cidade, uma vez que já pensa em voos mais altos.
Mais uma vez, quando temos uma chuvada que põe em cheque a sua gestão camarária, que faz António Costa? Nada! Em vez de se dirigir para as zonas afectadas e “liderar” as operações de limpeza da cidade … António Costa desaparece e a própria Câmara rejeita comentar.
Convém não esquecer que António Costa já foi ministro da Administração Interna do 1º governo Sócrates, onde a prevenção de cheias fazia parte das funções desse ministério.
Ficamos a pensar: onde anda a tão afamada capacidade de gestão de António Costa que alguma imprensa fala? Que será do país com António Costa como primeiro-ministro?
Por uma gestão camarária que oiça quem vive na cidade!
Gonçalo Gomes