Nestas eleições, o MAS dá voz às Mulheres

Nas eleições ao Parlamento Europeu, o MAS preocupa-se em dar voz às mulheres. Não a Merkel, a Lagarde ou Maria Luís Albuquerque, porque essas já têm todos os holofotes para nos impor a austeridade. Queremos dar voz às mulheres que trabalham, jovens estudantes e pensionistas, que são das principais vítimas da entrada da Troika em Portugal.

A violência sobre as mulheres…

A violência sobre a mulher está a aumentar. No mundo, um terço das mulheres já sofreu violência ou abuso sexual e, em Portugal, só em 2013, houve 37 mulheres assassinadas. Mas a violência não é só física, é também psicológica e social. Afinal, quantas de nós já não fomos assediadas sexualmente no local de trabalho? Quantas de nós não temos de continuar debaixo do mesmo tecto com alguém que deixou de formar um casal connosco porque não temos condições para nos separar? Enquanto houver mulheres vítimas de violência, qualquer que ela seja, não podemos ficar paradas e temos de agir. A austeridade mata.

As mulheres estão mais expostas ao risco de pobreza

As mulheres são também o género mais exposto ao risco de pobreza, devido à elevada taxa de desemprego, actualmente em 15,2%, à precariedade laboral a que estão sujeitas, aos cortes nas pensões e a uma diferença salarial relativamente ao homem que actualmente já vai nos 15,7%. As mulheres trabalhadoras são também aquelas que muitas vezes não encontram trabalho por engravidar, não têm apoios à maternidade, são forçadas a emigrar e que, na grande maioria dos casos, trabalham duplamente devido às tarefas domésticas que ficam sempre a seu cargo. Além de serem oprimidas, vítimas de machismo, são também exploradas.

O MAS pretende dividir os homens e as mulheres trabalhadores/as?

O machismo apenas serve para dividir os/as trabalhadores/as. É uma forma de opressão feita sobre as mulheres que só beneficia os ricos e banqueiros que usufruem dela para dividir homens e mulheres, até mesmo na hora de lutar juntos. Por isso, o machismo tem de acabar. Mas isso só acontecerá se os/as trabalhadores/as no seu todo se unirem contra esta e outras formas de opressão e exploração.

Há alternativas

O Euro foi uma moeda imposta aos portugueses. Para entrar nela, foram destruídos milhares de postos de trabalho, entre os quais numerosas fábricas onde trabalhavam muitas mulheres. Desde a indústria das conservas, à têxtil, à agricultura, pescas, etc… É urgente e necessário um referendo ao Euro, à moeda que veio para afundar o país. E nós, mulheres, fomos das mais afectadas.

Houve cortes nos salários, na saúde, na educação, adiou-se o desejo de ser mãe, emigrou-se… também aqui a mulher é a mais afectada. Por exemplo, no caso da saúde, é escandaloso. Além de sofrerem directamente com os tratamentos, cuidados, etc… são afectadas indirectamente pois são elas que na maioria das vezes acompanham as crianças e os idosos aos hospitais, aguardando horas e horas em filas intermináveis. E tudo para salvar bancos, para tapar buracos como o do BPN. Os senhores que roubaram e endividaram o país têm que ser presos. É urgente que seja feita uma auditoria à dívida, com suspensão do seu pagamento, para recuperarmos a economia, para que também as mulheres tenham igualmente trabalho, salário igual, e que tenham o direito à maternidade, sem violência.

Nós, mulheres do MAS, estamos fartas dos mesmos políticos de sempre, que só nos trouxeram austeridade ou não nos deram alternativas e saídas concretas. Queremos também o fim dos privilégios dos políticos.

Se és mulher, trabalhadora, jovem, reformada e se, como nós, estás farta dos mesmos de sempre, dos mesmos discursos… se pretendes uma alternativa, não fiques em casa: Vota MAS!

Sofia Rajado

Comissão de Mulheres do MAS

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