O MAS candidata-se às eleições Europeias com o objectivo de dar uma alternativa aos trabalhadores e à população. Contactamos esta semana com milhares de pessoas, conhecemos inúmeros casos dramáticos dos que sofrem com a crise e a austeridade, enquanto quem nos governa, em Portugal e na Europa, vive com mordomias e impunidade.
Os que nos meteram na crise, continuam em liberdade e com os rios de dinheiro que saquearam dos bancos que roubaram enquanto estamos todos a pagar com os nossos salários, reformas e serviços públicos a dívida que eles fizeram. Há que prender e confiscar os bens de quem roubou e endividou o país e a Europa. Como a saída da Troika só foi limpa para os ricos defendemos que o Euro afunda o país e que é necessário referendar a permanência de Portugal no Euro, suspender o seu pagamento e fazer uma auditoria à divida, de forma a relançar a economia e criar um milhão de empregos.
O primeiro candidato do MAS, Gil Garcia, está a percorrer o país de autocaravana. Mesmo sem um partido conhecido pela maioria da população e com a campanha totalmente financiada pelos militantes e apoiantes do MAS, a população e os trabalhadores identificam-se com as propostas que lhes apresentamos e somos muito bem recebidos em todas as cidades que percorremos com a autocaravana do MAS.
2ª Feira, dia 12 de maio
Iniciamos a campanha com um protesto em frente à casa de Duarte Lima. Este ex-deputado e líder parlamentar do PSD, companheiro de Cavaco é acusado de crimes de burla qualificada, entre eles branqueamento de capitais, relacionados com o caso BPN e continua a viver como se nada tivesse feito. Enquanto qualquer cidadão comum, quando comete um roubo é imediatamente preso, ou quando possui uma pequena multa tem a Justiça em cima para o obrigar a pagar…
Foi devido a casos como o BPN, as PPP’s, Dívida da Madeira, etc… que o povo português se vê obrigado a pagar uma dívida que obriga a duríssimas medidas de austeridade, que só trouxeram desemprego, miséria, emigração, destruição dos serviços públicos, etc. Não foi o povo que viveu acima das suas possibilidades, mas sim estes senhores de colarinho branco. Os culpados dos crimes económicos ocorridos em Portugal têm que ser julgados e presos.
À noite realizou-se o primeiro jantar do MAS na Amadora/Buraca, que foi também de homenagem ao camarada Adão Tavares que faleceu pouco antes da campanha ter começado. Adão Tavares foi um grande lutador incansável pelos direitos das populações da Buraca e Damaia, era candidato do MAS nestas eleições. As intervenções ficaram a cargo dos candidatos Jorge Terroto, Sofia Rajado e Gil Garcia. Falou também Sérgio Tavares, filho de Adão Tavares, recordando a luta travada pelo seu pai em dar voz à população da sua freguesia, combateu o racismo, a opressão e a exclusão na sua freguesia.
3ª Feira, dia 13 de maio
A caravana do MAS esteve no Algarve onde se fez uma visita, conduzida pela Dr.ª Fernanda Bastos (candidata do MAS), ao Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio, em Portimão. Chegados ao hospital reunimos com a Administração do Hospital onde foi mencionada a falta de recursos humanos face às necessidades da região. De seguida fomos ao mercado de Portimão, onde tivemos contacto directo com as dificuldades dos comerciantes. Na parte da tarde visitámos os pescadores da Fuseta.
Depois do contacto com a população no centro de Olhão terminamos o dia num animado jantar em Pechão, onde apresentamos as nossas ideias. Estiveram presentes pescadores, operários, activistas locais e apoiantes do MAS. As intervenções ficaram a cargo, além do 1.º candidato, de José Pereira, apoiante do MAS e activista local.
4ª Feira, dia 14 de maio
A autocaravana rumou a Vila Franca de Xira, onde Gil Garcia contactou com os trabalhadores da Valorsul e participou numa distribuição no centro da cidade. Houve ainda tempo para ver a final da liga Europa em convívio com militantes e apoiantes.
5ª Feira, dia 15 de maio
A autocaravana foi ao Norte. De manhã fomos muito bem recebidos na Feira de Barcelos, denunciámos a intenção de entrega o hospital da cidade à Santa Casa da Misericórdia como parte da privatização e desmantelamento do SNS. À tarde estivemos numa arruada na baixa do Porto onde sentimos, mais uma vez, o apoio da população. Uma banda animou todo o dia de campanha.
6ª Feira, dia 16 de maio
Gil Garcia e a caravana do MAS esteve em Braga onde reuniu com a comissão de trabalhadores da AGERE (empresa municipal de águas e resíduos), contactámos com operários da Delphi e Bosch no complexo industrial Grundig e ainda realizamos uma arruada com uma banda nas principais ruas do centro da cidade. Por fim, o jantar/comício em Braga contou com a intervenção de Rui Barbosa, candidato do MAS, que se referiu aos cortes no combate aos fogos florestais e como a austeridade também promove a destruição ambiental. Vasco Santos dirigente do STFPN e candidato do MAS, referiu a necessidade de renovar as direcções sindicais de forma a tornar os sindicatos em ferramentas de luta dos trabalhadores e não em organizações onde os dirigentes vivem com privilégios.
Sábado, dia 17 de maio
A caravana foi até ao centro da Marinha Grande e à feira de Maio em Leiria. No fim do dia, um jantar em Maceira, contou com a presença de vários operários, entre os quais Adriano Campos que referiu as situações de exploração a que estão sujeitos e de como as medidas do governo servem para os patrões abusarem dos trabalhadores. Sílvia Franklim, candidata do MAS e trabalhadora de call center falou da precariedade da juventude e da importância das mulheres na política e nas lutas pois são elas que mais sofrem coma austeridade, têm salários mais baixos e são elas que têm que suportar, sem receber por isso, o fecho de escolas, creches e lares de idosos.
Em todos estes locais fomos muito bem recebidos, tal como as nossas propostas, deparamo-nos com um enorme descontentamento da população com os partidos e os políticos existentes. Efectivamente nestes 40 anos após o 25 de Abril nenhumas eleições, partidos ou governantes souberam cumprir Abril. São precisos novos rostos e novas políticas.
Durante a próxima semana continuaremos a percorrer o país e a denunciar os casos de corrupção e impunidade, com acções de protesto em frente às casa de alguns daqueles que consideramos responsáveis.
O MAS está na rua a devolver a voz a quem nunca foi ouvido: aos trabalhadores que perderam o emprego, aos pensionistas com a reforma cortada, aos funcionários públicos que perderam os salários e aos jovens que tiveram de emigrar, bem como todos os que sofrem com austeridade.
O MAS apresenta-se como uma nova alternativa!
No dia 25 de Maio, VOTA MAS!