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8 de Março: ontem e hoje

Dia Internacional da Mulher é o dia que celebra a luta das mulheres por melhores condições de vida, por direitos, pela sua liberdade.

É o dia que representa essa luta hoje, mas também as lutas das mulheres que ao longo da História derrubaram barreiras para alcançarem uma vida melhor, sem opressão nem exploração.

Embora com muitos avanços na época do 25 de Abril, ainda muito está por fazer no que toca aos direitos das mulheres, sobretudo porque houve um forte recuo desde a entrada da Troika em Portugal. O Governo de Passos e Portas, em conjunto com a Troika, ao salvar banqueiros e ricos, impôs ao povo duras medidas de austeridade que trouxeram desemprego, precariedade, empobrecimento, etc… Neste jogo de tirar a quem menos tem par a quem mais tem, as mulheres foram as mais afectadas.

A violência sobre a mulher aumentou.As mulheres estão também mais expostas ao desemprego; recebem, quase sempre, menores salários relativamente aos homens, para o mesmo nível de formação; são mais precárias e, quando chegam a casa, depois de horas, ainda enfrentam o trabalho doméstico. Os cortes nas pensões estão também a levar ao empobrecimento de muitas mulheres, que trabalharam uma vida inteira e agora vêem negado o valor de uma reforma que deveriam ter por direito.

Num país cada vez mais envelhecido, o Governo e a Troika negam ainda ou fazem adiar o desejo de ser mãe a muitas mulheres, além de que, quando estas decidem fazê-lo, na maioria das vezes não têm os devidos apoios à maternidade, bem como a possibilidade de colocar as suas crianças em creches, porque estas, na maioria, são privadas.

As mulheres têm que continuar a lutar, na rua e no seus locais de trabalho, contra este Governo, a Troika e a austeridade. Que a história do 8 de Março sirva de exemplo para continuarmos!


Sofia Rajado

Membro da Comissão de Mulheres do MAS

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