Este sábado, dia 15 de Junho, os professores manifestaram-se aos milhares em Lisboa, pondo em cheque a política e os ataques caluniosos do governo nos últimos dias. Esta demonstração de mobilização, que não necessita dos números impolados dados pelos sindicatos para se afirmar, é uma clara resposta aos desmandos do governo e potencia a greve de dia 17 em defesa do emprego, da escola pública e dos alunos.
TODA A SOLIDARIEDADE COM A LUTA DOS PROFESSORES!
POR UMA FORTE PARTICIPAÇÃO NA GREVE NO DIA 17 E NOS PLENÁRIOS DISTRITAIS DIA 20!
Não à mobilidade especial! Nenhum aumento do horário de trabalho!
Os professores não são descartáveis! Basta de precariedade e desemprego!
O sucesso da greve às avaliações dos professores, fruto da sua auto-organização escola a escola, está a pôr os cabelos em pé ao ministro Crato e ao seu governo. Ela rompe com a tradicional “greve-de-protesto-seguida-de-negociação” e demonstra que, quando os trabalhadores se unem e organizam autonomamente nos seus locais de trabalho, ganham força coletiva, reforçam a sua combatividade e encontram as maneiras mais eficazes de ultrapassar os obstáculos.
A greve nacional de professores do dia 17 é fundamental nesta batalha dos professores. Consciente disso, Crato e o seu governo lançaram uma campanha demagógica para colocar pais e alunos contra os docentes. O mesmo governo que desemprega e empobrece os pais, que impede os alunos de estudar e que manda emigrar os jovens sem trabalho!
As direções sindicais têm o dever de dar todo o apoio à greve do dia 17, implementando piquetes de greve, reunindo nas escolas com os professores e preparando a continuidade. Para que desta vez não haja memorandos/acordos com o governo não sufragados pela base, é fundamental que a FENPROF convoque desde já massivamente todos professores (sindicalizados, não sindicalizados, desempregados) para os seus plenários distritais de dia 20. Nesses plenários é fundamental dar continuidade à greve às avaliações e às provas de exame e que esta não seja levantada enquanto o governo não recuar por escrito na mobilidade especial e no aumento do horário de trabalho.
A greve de dia 17 será fundamental para a luta dos restantes funcionários públicos contra a mobilidade e o aumento do horário de trabalho, sendo a unidade de todos nesta batalha (inclusive dentro das escolas) um ponto central para vencer.
Finalmente, a luta dos professores é também parte integrante da luta dos trabalhadores (como dos CTT e a ValorSul também em greve), pensionistas e jovens do nosso país contra este governo e a sua política de austeridade ao serviço da banca e da salvação do euro.
A sua força será por isso central para preparar a mobilização da greve geral de 27 de Junho, pela demissão deste governo, pela ruptura do memorando, pela expulsão da troika de Portugal!
*PLENÁRIO DISTRITAL de LISBOA realiza-se dia 20 às 17h no Parque Eduardo VII.