O dia 14 de fevereiro de 2013 ficou marcado pela luta determinada dos ferroviários portugueses contra um conjunto de ataques aos seus direitos, como a extinção de postos de trabalho, encerramento de linhas, corte pela metade no valor das horas extraordinárias e o fim da gratuidade nas viagens de comboio de trabalhadores, reformados e familiares.
Ao contrário do que alguns dizem, os ferroviários e as suas famílias nunca viajaram de graça. Os ferroviários pagaram sempre essas viagens com o seu trabalho e a sua dedicação durante décadas, com esses direitos sendo usados como “moeda de troca” pelos seus baixos salários.
Os ferroviários e as suas famílias estão a dar um excelente exemplo de luta para todo o país, demonstrando que já não bastam as tradicionais manifestações rituais contra ataques sem precedentes. No dia 14, os ferroviários, reformados e familiares bloquearam a circulação de comboios no Porto, Coimbra, Entroncamento e Barreiro, num movimento que reuniu milhares de pessoas. Cerca de 200 manifestaram-se em frente à administração da CP em Lisboa. Houve também manifestações em vários pontos do país.
É urgente unir as lutas e construir alternativas!
Sabemos que a luta tem de continuar e devemos cada vez mais unir forças com as lutas de outros trabalhadores e das populações. Por isso, no dia 16 de fevereiro e 2 de março estaremos todos juntos para exigir a demissão do governo, a expulsão da troika do país, a revogação das medidas de austeridade e a devolução dos direitos roubados.
Todas as lutas dos trabalhadores (ferroviários, estivadores, professores, etc.) ganham se nos unirmos, pois a nossa divisão só favorece o governo e os patrões.
A luta dos trabalhadores ferroviários é também a nossa luta!