Os 30 anos de fundação da Liga Internacional dos Trabalhadores – Quarta Internacional (LIT-QI) foram celebrados na Europa no dia 15 de dezembro, em Madrid. Cerca de 350 pessoas, entre ativistas da capital e de diversas cidades do Estado Espanhol e de outros países, assistiram ao ato internacionalista contra a União Europeia do capital e em defesa de uma Europa dos trabalhadores e dos povos.
Estiveram presentes delegações das secções de Portugal (Movimento Alternativa Socialista/MAS), Bélgica, Itália, Inglaterra e Brasil e companheiras/os de França. A presidência de honra do ato foi atribuída, em primeiro lugar, à resistência palestiniana e síria, a representar a luta dos povos do Norte de África e Médio Oriente; em segundo lugar, ao fundador da LIT, Nahual Moreno; e, em terceiro, à companheira Yolanda González, militante do Partido Socialista dos Trabalhadores assassinada em fevereiro de 1980.
As/os representantes das secções europeias da LIT e do Brasil foram os primeiros a intervir, a contar como as/os trabalhadora/es dos seus países também estão a enfrentar os planos de ajuste levados a cabo pelos respetivos governos. Descreveram-nos as greves e manifestações de 14 de novembro, a demonstrar a necessidade urgente de uma coordenação europeia e mundial da classe trabalhadora.
Como parte das intervenções internacionais, projetou-se em vídeo as saudações da ativista palestiniana Soraya Misleh e da militante da resistência síria Sara Al Suri, seguidas das palavras de May Assir, militante libanesa-madrilena da juventude de Corriente Roja, que arrancaram aplausos entusiásticos da juventude presente no ato. Uma juventude que marcou com emoção e dinamismo, através de suas canções, aquele encontro internacionalista.
Na segunda parte do ato falaram as/os militantes de Corriente Roja, sobre a questão nacional e o direito à autodeterminação dos povos, a luta da juventude e dos setores mais oprimidos da classe trabalhadora (mulheres, imigrantes, homossexuais, negros…). David Pérez, vereador da Câmara Municipal de Tocina-Los Rosales (Sevilha), que falou sobre como os revolucionários veem o trabalhado parlamentar e as eleições.
O encerramento do ato ficou a cargo do companheiro Ángel Luis Parras, membro da direção da LIT e de Corriente Roja, que, com um emotivo discurso, apontou as tarefas mais urgentes que temos no Estado Espanhol e no mundo na intervenção nas lutas. A tarefa de impulsionar, desenvolver e fortalecer os organismo democráticos da luta, a necessidade de um programa e da construção de organizações revolucionárias, única forma de que todo o sacrifício e potencial revolucionários que demonstramos dia a dia nas ruas termine com a tomada do poder e a instauração de um governo operário e socialista.
Depois de cantar a Internacional, as delegações e os participantes do ato saíram com mais força e convicção para continuar lutando em nossos postos de trabalho, centros de estudos e bairros por uma saída operária para a crise e a construção de um partido revolucionário, operário, socialista e internacionalista no Estado Espanhol.
Corriente Roja