O contexto pandémico destapou muitos dos problemas sociais que os portugueses sofrem: Uma economia frágil centrada no turismo, , na especulação imobiliária e nos serviços, sectores pouco produtivos de mão-de-obra indiferenciada, precária e mal paga; serviços públicos descapitalizados, transportes insuficientes e profundos problemas habitacionais. Sabemos que as crises se abatem com particular intensidade sobre as camadas da população mais frágil, nomeadamente mulheres, imigrantes e idosos.
O governo PS é hoje parte do problema quer no governo central, quer nas autarquias. Somos dos países europeus com menor investimento publico nos últimos anos, também dos que menos investiram em período pandémico para minorar os seus efeitos no tecido produtivo e na vida das pessoas. A chamada “Bazuca” europeia será mais um momentos em que o dinheiro será administrado para os mesmos grupos de interesse, sem que, verdadeiramente se tenha um plano de transformação produtiva e de melhorias das condições estruturais para a melhoria da vida da população (habitação, transportes, sustentabilidade ecológica e energética), e sem que seja possível aumentar os recursos humanos nos serviços públicos de forma a melhorar a sua qualidade.
A par, cresce à direita o discurso de ódio, racista e xenófobo e o risco de perda de direitos e liberdades cívicas e democráticas.
É neste contexto que o MAS participa ativamente em algumas frentes eleitorais autárquicas do pais. É urgente um programa de resposta social à crise pandémica e será dessa forma que melhor serviço daremos na luta contra a extrema-direita no nosso país. Por isso em Coimbra estamos ao lado do movimento Cidadãos por Coimbra – CPC. Uma força política que se constitui como oposição ao executivo do PS e que junta pessoas, partidos e associações que juntos formam a verdadeira alternativa de esquerda forte para ter um papel interventivo e de exigência ao governo local e central do PS.
Consequentemente o MAS, que participa do CPC desde 2013, teve um papel fundamental no fortalecimento da unidade de esquerda como alternativa em Coimbra, ao ter convidado o LIVRE a juntar-se ao MAS e ao Bloco de Esquerda no apoio ao CPC. E congratulámo-nos que tenham aceitado.
Com essa força que construímos, estamos no CPC:
– pela defesa do emprego com direitos, pelos direitos lgbt e das mulheres;
– por um desenvolvimento sustentável em Coimbra, assente numa requalificação ambiental e energética da cidade, com mais e melhores transportes públicos e gratuitos;
– pelo fim do desmantelamento dos serviços de saúde públicos da cidade e por mais investimento na contratação de pessoal e em infraestruturas – por exemplo, uma nova maternidade e a requalificação do hospital dos Covões.
– por uma política de habitação que traga jovens e trabalhadores para o centro da cidade, que combata a enorme especulação imobiliária e que permita a requalificação urbanística. Uma política que faça de Coimbra uma cidade das pessoas todas e não só dos turistas.
Estamos com o CPC para construir uma alternativa de esquerda ao PS, à direita e extrema-direita, com a convicção de podermos em conjunto fazer de Coimbra uma cidade mais inclusiva, ambientalmente sustentável e em que os direitos sociais sejam a sua marca.
